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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Músculos nos ouvidos e outras quatro coisas que nosso corpo possui e não precisamos mais

2017-12-31 17:02:00

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Image captionA evolução fez com que algumas partes do nosso corpo não sejam mais úteis – mas não está claro se elas algum dia desaparecerão

Foi Charles Darwin quem primeiro falou da teoria da evolução. Para sobreviver, os seres vivos se adaptam ao meio ambiente, adquirindo ou eliminando recursos que lhes permitam deixar mais descendentes.

A seleção natural é o princípio básico que o cientista explica em sua aclamada obra A origem das espécies.

O corpo humano é o resultado de milhões de anos de evolução, mas, mesmo assim, não é perfeito. Existem algumas partes do nosso corpo que não usamos mais, mas que ainda estão lá. Pelo menos por enquanto.

Confira cinco delas.

1. Músculos para as orelhas

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Image captionHá milhares de anos, era importante poder direcionar as orelhas e afiar o ouvido para atividades como a caça | Foto: Getty Images

Você é capaz de mover os ouvidos sem tocá-los?

Há pessoas que podem fazê-lo porque ainda têm um gene que determina a existência de três músculos ao redor das orelhas: o anterior, o posterior e o superior.

Hoje isso é inútil, mas, há milhares de anos, era importante poder direcionar as orelhas e afiar o ouvido. Diz-se que os humanos perderam essa habilidade porque, sem predadores à vista e sem a necessidade de caçar, não precisamos deste recurso.

No entanto, isso ainda é feito por muitos animais. Os gatos, por exemplo, são capazes de mover seus ouvidos de forma independente para capturar ruídos vindos de direções diferentes.

2. O cóccix

O cóccix está no final da medula espinhal e é um remanescente da cauda que ajudava os nossos antepassados a se equilibrarem.

Agora que ficamos de pé, não precisamos mais deste suporte. Ainda assim, o osso nos ajuda a manter o conforto quando estamos sentados e é um importante ponto de ancoragem entre nossos músculos.

3. O apêndice

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Image captionA inflamação do apêndice, que já não tem uma função clara na digestão, pode ser muito dolorosa | Foto: Getty Images

Com formato de meia, o apêndice é uma pequena porção do sistema digestivo que está localizada na parte inferior direita da barriga, entre os intestinos delgado e grosso.

O aparelho não cumpre uma função clara na digestão. Pode ter sido útil, em algum momento, para nos ajudar a digerir folhas ou na recuperação de uma infecção, mas os cientistas ainda não sabem qual foi a sua função específica.

O apêndice pode inflamar, levando a uma condição dolorosa: a apendicite, que é bastante comum e faz com que muitas pessoas removam o órgão.

4. Dentes sisos ou 'do juízo'

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Image captionOs sisos, conhecidos como indicadores de 'juízo', podem gerar problemas bucais | Foto: Getty Images

Nós temos dentes com formatos diferentes porque eles desempenham distintas funções. Os incisivos, na frente da boca, ajudam a cortar pedaços de comida; os caninos, pontiagudos, rasgam alimentos mais desafiadores, como as carnes; e os molares servem para que a comida chegue a uma textura que possibilite a digestão.

Mas existe um tipo de dente sem o qual poderíamos viver bem: os sisos. Eles estão na parte traseira da mandíbula e se desenvolvem à medida que envelhecemos – por isso são conhecidos popularmente como "dentes do juízo". Eles geralmente aparecem quando chegamos à idade adulta.

Nossos ancestrais os usavam para mastigar plantas, mas hoje não precisamos deles.

O problema que geram é de espaço. Não temos lugar sobrando para eles em nossas mandíbulas, o que significa que eles geralmente empurram os outros dentes – e isso pode ser muito doloroso.

A razão de não haver espaço suficiente é fato de que o cérebro cresceu ao longo do tempo, modificando o formato da nossa cabeça.

5. Arrepios

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Image captionOs arrepios ajudavam nossos ancestrais no controle térmico | Foto: Getty Images

Quando temos frio, nossa pele se eriça, os músculos são tencionados e criam uma espécie de protuberância na pele – os arrepios.

Nossos antepasssados tinham pelos mais espessos, o que os ajudava a mantê-los isolados e aquecidos no frio.

Mesmo que o nosso pelo seja agora muito mais fino, o ar ainda fica preso entre os finos cabelos da pele quando a temperatura está baixa – nos ajudando a manter o calor.

Os arrepios também ajudavam nossos antepassados em situações ameaçadoras, fazendo com que parecessem mais temíveis. Isto ainda acontece com muitos mamíferos, como cães e gatos.

Quando temos medo, continuamos a reagir assim. Perceba na próxima vez que ficar assustado!

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