2007-04-26 10:57:00
Vilson Nascimento
Famílias moradoras na altura da Avenida Pedro Manvailler, na Vila Varocopa em Amambai estão vivendo um grama em períodos de chuvas por conta do vazamento de esgoto sanitário.
O volume de água na tubulação da rede de esgoto acaba provocando sobrecarga no sistema e sem ter para onde escorrer, os dejetos acabam vazando pelos ralos dos banheiros, que estão ligados diretamente a rede de esgoto.
Na manhã dessa quinta-feira a família da dona de casa Eronilce Gavilan Viana, moradora na altura do número 1762 da Avenida Nicolau Otano acordou sob um forte mau cheiro e com a residência totalmente tomada por dejetos de esgoto. A água contaminada que em alguns pontos chegou a ultrapassar 10 centímetros, se espelhou por todos os cômodos da casa, danificando móveis, roupas e até alimentos.
“Estamos vivendo em uma situação de calamidade pública, além de termos nossos pertences destruídos pelo esgoto, colocamos nossa saúde em risco e mesmo parando de chover, temos que conviver por vários dias com o forte mau cheiro que nos afeta e acaba afetando toda a vizinhança”, desabafou a dona de casa ao relatar que já procurou a Prefeitura e o escritório da Sanesul em Amambai para reclamar do problema, mas nenhuma solução foi tomada.
Saúde Pública- A Vigilância Sanitária do município, que tomou conhecimento do problema através de nossa reportagem, reconheceu o problema como uma ameaça a saúde pública.
Segundo a Vigilância ainda na manhã dessa quinta-feira equipes do órgão municipal se deslocaria até as residências para avaliar o problema e a Sanesul, empresa responsável pela exploração dos serviços de esgoto em Amambai, seria notificada para tomar providências em relação a questão sob pena de ser multada e até responder judicialmente por crime contra a saúde pública.
Ligações Clandestinas- Outras localidades da cidade também já enfrentaram problemas semelhantes. Moradores da mesma Vila Varocopa, na região da FIAMA (Faculdades Integradas de Amambai) sofriam como o mesmo problema de vazamento de esgoto.
Após várias reclamações, sem sucesso, aos órgãos competentes e veiculação de reportagens na imprensa, a Sanesul realizou trabalhos na área que serviu como “paliativo”. O problema persiste, mas agora em escala menor.
Segundo a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), os vazamentos em redes de esgoto, principalmente nas partes mais baixas da cidade ocorrem por conta do mau uso do sistema. Segundo a empresa sem se preocupar com os danos que possam vir a provocar, as pessoas ligam as calhas de coleta de água das chuva de suas residências na rede, causando sobrecarga no sistema.
Eronilce Viana mostrou a nossa reportagem sua conta de água desse mês. Ela vai pagar R$ 35,80 de consumo de água tratada, R$ 25,80 de taxa de esgoto e não deverá receber nenhum centavo pelos prejuízos causados ao seu patrimônio ou eventualmente a sua saúde por conta da exposição aos dejetos e a água contaminada. Chove desde a madrugada em Amambai
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