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Amambai
sábado, 18 de maio de 2024

Após cinco meses, servidora investigada na Operação Laços Ocultos se entrega

J.B.R. é ré por lavagem de dinheiro e fraude em licitações na Prefeitura de Amambai.

A servidora pública J.B.R. se entregou na manhã desta terça-feira (23) na Delegacia de Polícia de Amambai, a 351 km de Campo Grande. Ela estava foragida desde 16 de novembro do ano passado, dia em que o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagraram a Operação Laços Ocultos.

J.B.R. é apontada como braço direito do vereador V.B.S., preso no dia da operação e atualmente em prisão domiciliar. Os dois e outros 14 investigados são réus por corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro em contratos firmados pela Prefeitura de Amambai com empresas terceirizadas.

Com o cumprimento oficial do mandado de prisão, a servidora está na delegacia e deve ser levada para unidade prisional feminina. J.B.R. ocupava o cargo de diretora de Convênios e Projetos da prefeitura até o dia da operação.

Dos 17 réus, apenas J.B.R. e o empresário J.A.V. (proprietário da empresa Mariju Engenharia) seguem presos. Os demais estão em prisão domiciliar, monitorados por tornozeleira eletrônica. V. foi preso pela Polícia Militar em uma fazenda em Corguinho (100 km de Campo Grande), em março.

O engenheiro J.F.L. (proprietário da empresa JFL Construtora) também conseguiu benefício de prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.

Também são rés no processo as engenheiras L.C.T. (sócia proprietária da Empresa C & C Construtora e sobrinha do V.B.S.) e J.M.E.S. (proprietária da Empresa J&A Construtora).

Além delas, são réus M.N.B. (proprietário da empresa MMA Engenharia e sobrinho de V.B.S.); A.A.N. (proprietária da empresa MMA Engenharia e cunhada de V.B.S.); A.B.M. (proprietário da TS Construtora); J.C.R. (proprietário da Empresa Construtora Roncone); e L.P.V.A.V. (proprietária da empresa Águia Construtora).

Ainda estão na lista de réus C.E.S. (sócio proprietário da empresa Bonomos Construções); Â.B. (sócia proprietária da empresa Bonomos e mãe de C.E.S.); F.C.B. (proprietária da empresa Transmaq e filha de V.B.S.); L.H.B.R. (proprietário da empresa de mesmo nome); V.B. (proprietário da Empresa Transmaq e irmão de V.B.S.); e C.T.F.R. (proprietária da empresa C.T.F.R. ME).

A investigação – A Operação Laços Ocultos é desfecho de investigação iniciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Amambai sobre atuação da organização criminosa que teria desviado pelo menos R$ 78 milhões nos últimos seis anos através de fraude em licitações de obras e serviços de engenharia, principalmente por meio das empresas ligadas a familiares de V.B.S.

A investigação apontou superfaturamento e inexecução parcial de obras e pagamento de propina a agentes políticos e servidores públicos municipais que deveriam fiscalizar as obras.

Além dos 17 réus, outras 13 pessoas foram alvos de busca e apreensão no dia 16 de novembro, mas não foram denunciadas pelo MP por ausência de indícios de envolvimento com a organização criminosa.

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