2017-10-14 17:56:00
Vilson Nascimento
A empresa Sanches Tripoloni deu início no decorrer dessa semana, na colocação do CBUQ, o piso final da restauração da Rodovia MS-156, trecho que liga Amambai a Caarapó.
A implantação do Concreto Betuminoso Usinado Quente, que é a última camada do processo de recuperação, começou a ser implantado da região da Fazenda Campanário no sentido a Amambai, onde a base já havia sido concluída.
Segundo o engenheiro da Sanches Tripoloni, responsável pela obra,Thiago Zacardi o trabalho de implantação da base segue e, caso as condições climáticas colaborem, em pouco tempo chega a cidade de Caarapó.
Pelo prazo contratual a empresa, que tem uma ampla estrutura operacional e executa obras de grande porte em todo o território nacional, teria quinze meses a partir do início, no começo de agosto deste ano, para a conclusão da restauração dos 74 quilômetros entre Amambai e Caarapó, mas no ritmo que o trabalho está se desenvolvendo a obra será totalmente concluída em um período de tempo bem menor.
Espessura do CBUQ é a mesma da “Guairá-Porã”
A espessura da capa de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado Quente), que está sendo implantada entre Amambai e Caarapó é 5 cm, a mesma espessura utilizada na chamada “Guaira-Porã”, que em menos de um ano após a conclusão, já havia apresentado diversos problemas.
A diferença entre o recapeamento da Guairá-Porã e a restauração da MS-156 entre Amambai e Caarapó está na base, segundo o Governo do Estado.
Nos cerca de 240 quilômetros da Guairá-Porã, ligando Sanga Puitã em Ponta Porã a BR-163 em Eldorado, o recapeamento foi feito sobre o asfalto já existente.
Nos 74 quilômetros entre Amambai e Caarapó, além do estudo do terreno, por meio de projeto técnico antes do início da obra, ao longo de todo o percurso está sendo realizada uma reciclagem de base com cimento, seguida de um tratamento superficial duplo e só então vem a colocação da última camada, o CBUQ, fatores que garantirão a qualidade e a durabilidade da obra, segundo informou o secretário de Estado de Infraestrutura em Mato Grosso do Sul, Ednei Marcelo Miglioli.
Estratégica para a região
Além de encurtar a distância e facilitar a acessibilidade dos moradores de Amambai e mais quatro municípios da faixa de fronteira com o Paraguai, Coronel Sapucaia, Tacuru, Sete Quedas e Paranhos aos recursos de grandes centros do Estado como Dourados e Campo Grande, por exemplo, as boas condições de trafegabilidade no trecho da MS-156 entre Amambai e Caarapó também é apontado como estrategicamente de fundamental para o desenvolvimento econômico da região.
Além de servir como rota para o escoamento de parte da produção agropecuária da região, a rodovia é a porta de entrega para a chegada de produtos industrializados oriundos da região central de Mato Grosso do Sul para a região de fronteira.
Com o crescimento do comércio paraguaio, sobretudo em localidades como Capitan Bado, Ypejhú e Pindoty Porã, que fazem divisa com Coronel Sapucaia, Paranhos e Sete Quedas, que ganharam recentemente acessos pavimentados a região central do Paraguai, o trecho da MS-156 entre Amambai e Caarapó também poderá se tornar rota do turismo de compras e uma estratégica rota de exportação entre os países do Mercosul (Mercado Comum do Sul), além de, com acessibilidade de qualidade, também abrir as portas e tornar os municípios brasileiros da região mais competitivos e atrativos para receber novos investimentos no campo empresarial, fazendo aumentar a oferta de emprego e renda para a população fronteiriça.
