2017-07-11 07:06:00
A Honda confirmou nesta segunda-feira (10) mais uma morte ligada aos "airbags mortais", como ficaram conhecidos os equipamentos defeituosos da fornecedora Takata.
A vítima é um homem que estava consertando um Accord 2001, nos Estados Unidos, quando o airbag estourou. O caso aconteceu em junho de 2016, na Flórida.
O defeito faz com que o equipamento seja corrompido. Após longos períodos de exposição ao calor e a umidade, a "caixa" de metal que envolve o gás que faz o airbag abrir começa a trincar. Quando surge a necessidade de a bolsa abrir –no caso de uma colisão, por exemplo — a abertura se dá de forma violenta e a caixa se rompe, atirando estilhaços de metal contra os ocupantes.
Este caso dos EUA é um dos que não ocorreram após uma batida. A maioria das 17 mortes ligadas aos airbags da Takata até agora é de pessoas que sofreram acidentes banais, que não causariam ferimentos graves, mas acabaram lesionadas pelos pedaços de metal. Além disso, ao centenas de pessoas se machucaram por causa desses equipamentos falhos.
O Accord envolvido nesse caso mais recente estava no grupo de mais de 300 mil veículos englobados no recall, mas que ainda não foram reparados. A montadora disse ter enviado ao menos 12 notificações de recall aos proprietários do sedã, mas eles nunca atenderam ao chamado.
O maior recall da história
O caso resultou no maior recall da história: mais de 30 milhões de carros já foram chamados para troca dos airbags, inclusive no Brasil (veja os recalls no país). A Takata fornece para diversas marcas, além da Honda, e pediu recuperação judicial no começo do ano.
A empresa concordou em pagar US$ 1 bilhão como compensação a fabricantes de carros e vítimas dos acidentes relacionados ao defeito, nos EUA.