2009-10-01 14:19:00
Os quatro deputados que ensaiam debandada do PDT, alegando falta de clima para conviver com o novo comando do partido, podem perder o mandato, disse Leite Schimidt. Segundo ele, os deputados Antonio Braga, Ary Rigo, Coronel Ivan e Antonio Braga terão que devolver o mandato por ‘força estatutária’.
Os estatutos do PDT prevêem, desde 1983, que o mandato pertence ao partido e não ao político. O representante do Diretório Nacional na direção do PDT em Mato Grosso do Sul lembra que a debandada configura ‘infidelidade partidária’ e o partido vai exigir o mandato. “Ninguém pediu para eles saírem”.
O dirigente pro-tempore do PDT também lembra que os deputados não seriam eleitos se não tivessem os votos da legenda. Segundo Schimidt, de todos os votos computados à legenda, 10% são da sigla. “Nenhum dos deputados se elegeu sozinho, todos precisaram dos votos da legenda”, observa. Em outros partidos, os deputados dificilmente teriam o ‘plus’ da legenda.
Apesar da situação dos deputados depois da intervenção na legenda ter se tornado insustentável, a nova direção do partido teria acenado para que os rebeldes permaneçam. Mas segue a nítida divisão dos partidários de uma aliança com o PMDB e defensores de alinhamento com o PT.
Rumos
Nesta quinta-feira na Assembleia, os deputasdos sinalizaram qual o rumo que pretendem tomar. Schimidt disse que não foi informado da saída e nem do destino dos deputados. “Vou ficar sabendo quando eles pedirem a desfiliação em ofício à Justiça Eleitoral”.
Os deputados Ary Rigo, Onevan de Matos e Antônio Braga anunciaram que vão para o ninho tucano. No PSDB eles teriam espaço para buscar a reeleição sem problemas. Já o deputado Antônio Braga retornaria ao PMDB, para concorrer a uma vaga de deputado federal, aumentando para três os deputados estaduais que não vão disputar a reeleição – Reinaldo Azambuja (PSDB) vai disputar cadeira na Câmara Federal e Celina Jallad (PMDB) deve ser indicada para o Tribunal de Contas. Segundo Onevan de Matos, o único indeciso é o deputado Coronel Ivan de Almeida, que está entre DEM, PPS e PT do B.