2009-09-30 09:54:00
A semana será decisiva para a rearrumação nos partidos, principalmente as maiores legendas, em razão do prazo mínimo exigido de filiação exigido para quem pretende disputar as eleições de 2010. De acordo com a legislação eleitoral, para concorrer a cargo eletivo, o candidato precisa comprovar pelo menos um ano de filiação partidária.
Na Assembleia Legislativa, onde todos são candidatos à reeleição – exceção de Reinaldo Azambuja (PSDB), que vai concorrer à Câmara Federal, e Celina Jallad (PMDB), indicada para o Tribunal de Contas – devem ocorrer pelo menos três mudanças. Mas a anunciada debandada no PDT pode elevar para cinco o troca-troca partidário.
Na bancada do PDT, formada pelos deputados Antonio Braga, Ary Rigo, Coronel Ivan e Onevan de Matos, todos estão descontentes e praticamente foram ‘convidados’ a sair depois da intervenção no Diretório Regional, mas a expectativa é de que apenas dois parlamentares deixem a legenda. Onevan de Matos de Antonio Braga, remanescentes do PMDB, teriam recebido convido para voltar às origens.
Mas a situação de Ary Rigo, ex-presidente, também é delicada, em razão de sua tese em defesa de aliança com o PMDB nas eleições de 2010, quando o grupo do interventor, Leite Schimidt, segue a tendência nacional, de alinhamento com o PT.
No PSDB já é certa a saída do deputado Márcio Fernandes, que pode voltar ao PRTB ou ir para o PT do B. Ligado ao setor pecuário e alinhado com o governador André Puccinelli, no entanto, o deputado estuda outras alternativas, como a filiação ao PMDB. O problema é ajustar a necessidade de novo endereço partidário com o espaço eleitoral.
A debandada no PDT deve ser o assunto principal nas sessões da Assembleia Legislativa nesta semana. O interventor nomeado pela Executiva Nacional, Leite Schimidt, acusou a bancada na Assembleia de ‘vender’ o PDT para a reeleição do governador André Puccinelli.
Não há dialogo entre ele e o presidente destituído, deputado Ary Rigo, e nem com o líder da bancada, deputado Antonio Braga. Rigo, Braga e Onevan de Matos, além do Coronel Ivan, correm o risco de ter a legenda negada em 2010. Resta saber se os ‘governistas’ permanecerão ou serão abrigados pelo PMDB.
