2009-09-07 17:02:00
O senador Delcídio do Amaral (PT) é o único representante de Mato Grosso do Sul entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional durante o ano de 2009, conforme levantamento feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
A lista dos 100 mais do Diap é um referencial importante nos meios políticos. Não figuram nela, neste ano, os nomes do deputado federal Waldemir Moka, líder ruralista considerado influente; nem do deputado federal Dagoberto Nogueira, líder do PDT na Câmara Federal, tampouco da senadora Marisa Serrano, vice-presidente nacional do PSDB.
Só quatro estados não emplacaram nenhum nome na lista dos 100 mais do Diap: Mato Grosso, Paraíba, Rondônia e Sergipe. Mato Grosso do Sul se iguala ao Piauí, Pará, Maranhão, Alagoas, Amapá e Amazonas com só um representante. Já São Paulo, com a maior bancada federal, tem o maior número de “influentes”: 21.
Estado equivalente a Mato Grosso do Sul em população, Goiás emplacou três deputados federais e um senador na relação. Já o pequeno Acre emplacou três nomes: o deputado Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) e os senadores Marina Silva (PV) e Tião Vianna (PT)
Em nota distribuída à imprensa, Delcídio demonstrou satisfação por integrar a lista. “É uma honra muito grande ser incluído na lista do Diap, entidade reconhecida nacionalmente por sua isenção, ética e credibilidade”, avalia o senador. “Isso aumenta minha responsabilidade como liderança no Congresso e me anima a trabalhar ainda mais por Mato Grosso do Sul e pelo Brasil”, afirma.
A lista dos 100 mais do Diap tem ao todo 29 senadores e 71 deputados que se destacaram durante o ano. Para o diretor de Documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, a crise que consome o Senado há meses não foi capaz de renovar os quadros de lideranças da Casa. “Houve pouca alternância nos postos-chave. A crise no Senado consolidou as antigas lideranças”, afirma o diretor, explicando que a renovação do ano passado para este foi de apenas 12%.
Dentre as novidades dos “Cabeças do Congresso” de 2009 estão duas senadoras: Marina Silva (PV-AC), ligada à preservação ambiental e potencial candidata à presidência da República em 2010; e Kátia Abreu (DEM-TO), defensora do agronegócio e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). O líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), também é uma das novidades na lista. Personagens como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder peemedebista na Casa, Renan Calheiros (AL), presentes no ano anterior, continuam entre os mais influentes. A relação traz 70 congressistas da base aliada e 30 da oposição. O PT, com 25 nomes, é a legenda com maior número de representantes entre os 100 mais influentes do Congresso, seguido pelo PMDB (16), pelo PSDB (13) e pelo DEM (13).
Veja abaixo a relação completa:
Acre – senadores Geraldo Mesquita Júnior (PMDB), Marina Silva (PV) e Tião Vianna (PT);
Alagoas – senador Renan Calheiros (PMDB);
Amapá – senador José Sarney (PMDB);
Amazonas – senador Arthur Virgílio (PSDB);
Bahia – deputados ACM Neto (DEM), Daniel Almeida (PCdoB), José Carlos Aleluia (DEM), Jutahy Júnior (PSDB) e Sérgio Barradas Carneiro (PT);
Ceará – deputado Ciro Gomes (PSB); senadores Inácio Arruda (PCdoB) e Tasso Jereissati (PSDB);
Distrito Federal – deputados Magela (PT), Rodrigo Rollemberg (PSB), Tadeu Filippelli (PMDB); senadores Cristovam Buarque (PDT) e Gim Argello (PTB);
Espírito Santo – deputada Rita Camata (PMDB) e senador Renato Casagrande (PSB);
Goiás – deputados Jovair Arantes (PTB), Sandro Mabel (PR), Ronaldo Caiado (DEM); senador Demóstenes Torres (DEM);
Maranhão – deputado Flávio Dino (PCdoB);
Mato Grosso do Sul – senador Delcídio Amaral (PT);
Minas Gerais – deputados Gilmar Machado (PT), Mário Heringer (PDT), Paulo Abi-Ackel (PSDB), Rafael Guerra (PSDB) e Virgílio Guimarães (PT)
Pará – deputado Jader Barbalho (PMDB) e senador José Nery (PSol);
Paraná – deputados Abelardo Lupion (DEM), Dr. Rosinha (PT), Gustavo Fruet (PSDB), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Ricardo Barros (PP); senador Osmar Dias (PDT);
Pernambuco – deputados Armando Monteiro (PTB), Fernando Ferro (PT), Inocêncio Oliveira (PR), Maurício Rands (PT), Pedro Eugênio (PT), Roberto Magalhães (DEM): senadores Jarbas Vasconcellos (PMDB), Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB);
Piauí – senador Heráclito Fortes (DEM)
Rio de Janeiro – deputados Antônio Carlos Biscaia (PT), Brizola Neto (PDT), Chico Alencar (PSol), Eduardo Cunha (PMDB), Fernando Gabeira (PV), Miro Teixeira (PDT) e Rodrigo Maia (DEM); senador Francisco Dornelles (PP);
Rio Grande do Norte – deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB); senadores Garibaldi Alves (PMDB) e José Agripino Maia (DEM);
Rio Grande do Sul – deputados Beto Albuquerque (PSB), Eliseu Padilha (PMDB), Henrique Fontana (PT), Ibsen Pinheiro (PMDB), Marco Maia (PT), Mendes Ribeiro Filho (PMDB), Onyx Lorenzoni (DEM), Pepe Vargas (PT), Vieira da Cunha (PDT); senadores Paulo Paim (PT) e Pedro Simon (PMDB);
Roraima – senador Romero Jucá (PMDB)
Santa Catarina – deputados: Fernando Coruja (PPS), Paulo Bornhausen (DEM) e Vignatti (PT); senadora Ideli Salvatti (PT);
São Paulo – deputados: Aldo Rebelo (PCdoB), Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB), Antônio Carlos Pannunzio (PSDB), Antônio Palocci (PT), Arlindo Chinaglia (PT), Arnaldo Faria de Sá (PTB), Arnaldo Jardim (PPS), Arnaldo Madeira (PSDB), Cândido Vaccarezza (PT), José Aníbal (PSDB), José Eduardo Cardozo (PT), Luiza Erundina (PSB), Márcio França (PSB), Michel Temer (PMDB), Paulo Pereira da Silva (PDT), Regis de Oliveira (PSC), Ricardo Berzoini (PT), Roberto Santiago (PV), Vicentinho (PT); senadores: Aloizio Mercadante (PT) e Eduardo Suplicy (PT);
Tocantins – deputado Eduardo Gomes (PSDB), senadora Kátia Abreu (DEM).
