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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Ato político pode ser pontapé de candidaturas de Marisa e Murilo

2009-06-22 11:01:00

O ato político de lançamento do Bloco Democrático Reformista (BDR) que acontece hoje à tarde (14h), na Assembleia Legislativa, pode se transformar no lançamento das candidaturas da senadora Marisa Serrano (PSDB) e do vice-governador Murilo Zauith (DEM) ao governo do Estado e ao Senado da República, respectivamente.

Estarão em Campo Grande para o ato os três presidentes nacionais dos partidos aliados: deputados federais Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Roberto Freire (PPS-PE) e o senador Sérgio Guerra (PSDB-CE). O Bloco se articula em torno da candidatura de um governador tucano à Presidência da República: José Serra, de São Paulo, ou Aécio Neves, de Minas Gerais.

Em Mato Grosso do Sul os três partidos já definiram que Murilo Zauith será candidato a senador e acenam com a possibilidade de lançar Marisa Serrano ao governo caso fracasse as negociações de aliança com o PMDB do governador André Puccinelli. Se o PMDB fechar acordo com o PT ou se André, mesmo não se coligando ao PT, decidir apoiar a candidata petista à Presidência da República, que deve ser a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, o Bloco terá que montar palanque para o presidenciável tucano. Nesse caso a senadora Marisa é opção para concorrer ao governo.

Murilo Zauith prefere um discurso de múltiplo entendimento: “Nós vamos participar ativamente das eleições do ano que vem, tanto na chapa majoritária como lançando candidaturas fortes à Câmara dos Deputados e à Assembléia Legislativa.” “O BDR vai crescei ainda mais, temos sentido um reflexo muito positivo em torno de nosso projeto”, emenda o presidente regional do PSDB, deputado estadual Reinaldo Azambuja.

O governador André Puccinelli deve participar do ato político e aproveitar para reforçar o apelo de manutenção da aliança com DEM, PPS e PSDB. Seu desejo é juntar esses três partidos e mais o PT no palanque de reeleição, mas sabe que isso é praticamente impossível. Então trabalha para, no mínimo, criar dificuldades a uma eventual candidatura do ex-governador Zeca do PT, nome que poderia atrapalhar seus planos de continuar no governo.

Os presidentes dos três partidos do BDR esperam de André uma definição até o fim do mês. Mas sabem que o futuro do PMDB depende do rumo que tomar a cúpula nacional. Se for consolidada uma aliança com o PT para eleger Dilma, e imposta essa decisão às regionais, o consórcio de André com o BDR fica prejudicado. O PMDB pode, ainda, coligar com o PT só “na cabeça”, deixando o partido livre nos estados para fazerem o que quiserem, ou mesmo apoiar um presidenciável tucano. Essas duas alternativas favorecem o namoro de André e o BDR.

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