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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Dólar fecha abaixo de R$ 3,70, no menor valor do ano, de olho em Fed

2019-01-31 16:56:00

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (31), acompanhando os mercados internacionais após o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manter seus juros estáveis e indicar que o ciclo de altas das taxas pode estar perto do fim. A moeda norte-americana caiu 1,37%, vendida a R$ 3,6579 – o menor valor desde outubro de 2018. Veja mais cotações. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,79, sem considerar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real. Na quarta-feira (30), o Fed deixou inalterada a meta para a taxa de juros nos EUA e tirou do comunicado a indicação de que alguns aumentos adicionais poderiam acontecer. O BC dos EUA, no lugar, ressaltou que será “paciente” antes de determinar seus próximos passos.

O mercado aguarda ainda o desfecho das negociações comerciais entre autoridades dos EUA e China, que, desde quarta-feira, estão reunidas para tentar resolver o impasse entre as duas maiores economias globais. Nesta quinta, o presidente dos EUA, Donald Trump, alertou que um acordo comercial com a China será inaceitável sem que Pequim abra seus mercados para os serviços financeiros, industriais, agricultura e outros setores para os EUA.

Cenário local

Internamente, investidores também repercutiam positivamente a declaração do vice-presidente, Hamilton Mourão, de que a reforma da Previdência será única, incluirá militares e será submetida como emenda constitucional e um projeto de lei. "O comentário do vice-presidente de que os militares estarão incluídos na reforma da previdência animou o mercado, que agora vê a aprovação cada vez mais próxima e um corte de gastos cada vez mais severo. A inclusão dos militares é emblemática, pois outras classes também poderiam requerer privilégios. Isso atrapalharia as negociações com as bancadas no Congresso", disse em nota o diretor de câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo.

O mercado observa ainda a articulação política para escolha dos próximos presidentes do Congresso, que volta do recesso na sexta-feira. A eleição parlamentar é importante, na avaliação dos especialistas, porque são justamente os presidentes do Legislativo que conduzem a agenda de projetos, incluindo a reformas econômicas. A expectativa, assim, é que haja mais clareza sobre a proposta para a Previdência nas próximas semanas. Bergallo diz que a "expectativa é de queda da moeda americana durante todo o ano de 2019, mas com solavancos no meio do percurso".

Interferência do BC no câmbio

O Banco Central vendeu US$ 1,72 bilhão, de um total de US$ 3 bilhões ofertados nesta sessão, no segundo dia de leilão de linha para rolar um montante de US$ 6,2 bilhões que vencem em 4 de fevereiro. Somando à quantidade vendida na véspera, o BC rolou US$ 4,92 bilhões. O BC também anunciou que pretende rolar integralmente os US$ 9,811 de dólares em contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, que vencem em março. Na sexta-feira fará o primeiro leilão, de até 10,33 mil contratos. No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,33%, vendida a R$ 3,7087.

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