O deputado estadual Neno Razuk (PL) protocolou um requerimento nesta terça-feira (23) ao prefeito de Dourados, Marçal Filho, e ao Secretário Municipal de Saúde, Márcio Grei Alves Vidal de Figueiredo, informações sobre importantes questões que afetam a saúde pública na cidade.

Além disso, o parlamentar fez duras críticas ao chefe do executivo. Através de requerimento, Neno Razuk questiona a suspensão das motolâncias do SAMU em Dourados, destacando que esses veículos eram referência no atendimento de urgência há mais de 10 anos, chegando rapidamente aos locais de emergência. O deputado enfatiza a importância desse serviço para a população e busca esclarecimentos sobre os motivos de sua desativação.

Além disso, o parlamentar indaga sobre a situação do Pronto Atendimento Infantil, que foi feito em conjunto com emendas do próprio prefeito Marçal, quando ele era deputado federal.

“Porque o pronto atendimento infantil, inclusive, foi idealizado pela minha mãe quando vereadora e o projeto inicial por meio de recursos de emendas que vieram do próprio Marçal Filho em Brasília, e hoje o PAI não consta com especialistas”, relembrou o parlamentar

Ele ressalta a necessidade de especialistas, como neuropediatras, psiquiatras infantis, fonoaudiólogos e pediatras, que estão em falta desde 2017, comprometendo a qualidade do atendimento às crianças.

Outro ponto levantado por Neno Razuk é a reclamação sobre falta de medicamentos básicos, como dipirona e anti-hipertensivos, nas farmácias do município. O deputado solicita esclarecimentos sobre essa situação, que pode impactar diretamente a saúde da população.

O requerimento também aborda a ausência de pediatras nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), especialmente durante surtos de Influenza entre crianças, e questiona se clínicos gerais estão assumindo essas funções.

Por fim, o deputado questiona a retirada da ambulância que atendia os Distritos de Macaúba e Vila Formosa, além de pedir explicações sobre a falta de um enfermeiro exclusivo na unidade de Macaúba.

Neno Razuk reiterou a importância de um sistema de saúde eficiente e acessível para a população de Dourados, e aguarda resposta das autoridades competentes para que medidas adequadas possam ser adotadas em benefício da comunidade.

Vale lembrar que desde 2017 o PAI contava com neuropediatria e atendimento com vários especialistas, o que hoje não acontece mais. “Dizem estar faltando medicamentos e até papel higiênico no serviço de atendimento. Não adianta o prefeito ficar somente cuidando da rede social, estou achando que é um prefeito de Sorocaba, o que está bem longe disso, porque não tem um pingo da competência, fica aí só na rede social, aí faz um comparativo dos quatro primeiros meses, quero comparar com ela, dos quatro primeiros meses, quero comparar codos quatro primeiros meses, compara mesmo, eu quero que a população compare, porque o prefeito é um prefeito tiktoker, é um prefeito que só sabe fazer, lá vai lá e pinta uma rotatória e vai lá dançar, fazendo propaganda, é um prefeito de internet, não é um prefeito de sentar no gabinete de verdade”, criticou.

“Eu quero ver, daqui um tempo a população vai acordar, vocês vão sair na rede social, na rua. E vão ver o desastre que está Dourados, vocês vão ver o caos que está, esse prefeito está fazendo, compara mesmo, minha mãe, na pior época do Brasil, na pandemia, nunca faltou medicamento. Falta é competência do prefeito Marçal, sai do Tik Tok e vai trabalhar”, finalizou.

As inscrições para o programa Mais Médicos terminam nesta quinta-feira (8). O Ministério da Saúde está ofertando 3.174 vagas para médicos interessados em trabalhar na atenção primária à saúde em regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.

As vagas podem ser vistas na página do programa.

Do total de vagas, 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Perfil do profissional

Para se inscrever no 41º ciclo do Mais Médicos, o profissional precisa ser:

1. médico formado no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou com diploma revalidado no Brasil;
2. médico brasileiro formados no exterior (intercambista brasileiro); 
3. médico estrangeiro com habilitação para o exercício da medicina no exterior (intercambista estrangeiro).

Para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.

A documentação e as demais condições exigidas para os médicos brasileiros com registro no Brasil e para os intercambistas (brasileiros e estrangeiros) estão descritas no site, como estar em situação regular na esfera criminal perante a justiça estadual e federal no Brasil, do local em que reside ou residiu nos últimos 6 (seis) meses; estar em situação regular com as obrigações militares, se o médico for sexo masculino; estar em situação regular na justiça eleitoral, se for brasileiro.

Inscrição

A adesão deve ser feita pelo Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP).

No ato da inscrição no SGP, o candidato deverá anexar declaração de próprio punho, datada e assinada, atestando que, se estrangeiro, possui conhecimento da língua portuguesa e, independentemente da nacionalidade, tem ciência das regras de organização do SUS, bem como dos protocolos e diretrizes clínicas no âmbito da atenção primária à saúde.

No exercício das atividades pelo Mais Médicos, os médicos brasileiros e estrangeiros terão direito a benefícios, como de bolsa formação, ajuda de custo, auxílios.

Eles poderão permanecer no programa por até 48 meses, sem vínculo empregatício de qualquer natureza.

Cadastro reserva

Neste novo chamamento público, o Ministério da Saúde criou a possibilidade de cadastro reserva.

Com isso, 2.450 municípios brasileiros e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas em editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva da política pública.

Mais Médicos

O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros. Atualmente, são 24,9 mil médicos, atuando em 4,2 mil municípios. 

Dentre essas localidades, 1,7 mil têm altos índices de vulnerabilidade social. Do total de médicos em atividade pelo programa federal, 601 deles estão em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

O Ministério da Saúde espera que a política pública amplie o acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena.