2007-02-02 09:12:00
O custo da cesta básica alimentar em Campo Grande registrou alta de 1,05% em dezembro de 2006, quando comparado ao valor pago pelos 15 produtos que a compõem no mês de novembro. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º de fevereiro) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Cidades, Plenajemento, Ciência e Tecnologia, abrangendo os alimentos que atendam as necessidades de um adulto com idade entre 23 a 50 anos, escolhidos conforme a cultura das regiões e que atendam às recomendações da Organização Mundial de Saúde.
Com a alta, a cesta básica variou R$ 1,60, saindo de R$ 151,70 em novembro para R$ 153,30 em dezembro de 2006. Conforme a assessoria do governo estadual, a variação nos últimos seis meses de 2006 foi de 1,34%, chegando a 3,34% em todo o ano passado.
A maior variação positiva no custo da cesta alimentar foi do tomate, que contabilizou alta de 19,17%. Outros sete alimentos tiveram variação positiva: alface (11,36%), óleo de soja (5,73%), arroz (5,35%), sal de cozinha (4%), macarrão (3,35%), margarina (2,55%) e laranja (2,13%). Seis produtos tiveram queda nos preços: batata inglesa (-7,1%), carne (-6,97%), leite (-4,35%), banana (-2,61%), feijão (-2,12%) e açúcar cristal (-1,93%). O preço do pão não registrou variação no período.
Conforme os técnicos da Semac, as oscilações climáticas foram responsáveis pelo aumento nos preços de hortifrutigranjeiros, como o tomate e a alface. Outros produtos mantiveram o viés de alta de novembro, como o óleo, que no mês anterior ao da pesquisa teve alta de 6,88%.
A tendência é de que este produto deve manter preços altos nas próximas semanas – por conta da exportação da soja, que encontra melhores preços no mercado externo, diante da produção menor nos Estados Unidos e do aumento da demanda por biodiesel. O arroz também deve continuar com o preço em alta, por conta da redução da área plantada no Brasil. Para a safra atual, espera-se uma produção 13% menor, decorrente da redução em 23% da área plantada.
Empenho – Conforme a assessoria do governo, o trabalhador que recebe um salário mínimo empenhou 43,8% de sua renda mensal para adquirir a cesta básica. O valor do mínimo é de R$ 350. Portanto, o valor que resta para outras necessidades básicas (água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros) é de R$ 196,70.
Para comprar a cesta, o trabalhador precisou dispensar 96 horas e 22 minutos, dentro de uma jornada de 220 horas. Em novembro, a relação entre tempo de trabalho e o custo da cesta básica apontava serem necessárias 95 horas e 21 minutos para a aquisição dos produtos. Mas, em comparação ao mesmo período do ano anterior, registrou-se redução: em dezembro de 2005, eram necessárias 108 horas e 46 minutos para comprar a cesta básica alimentar.