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quinta-feira, 28 de março de 2024

Cientistas aceleram células do coração com controle remoto em laboratório

2018-05-20 13:02:00

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, conseguiram acelerar e desacelerar com um controle remoto células cardíacas cultivadas em laboratório (veja o vídeo). A pesquisa, publicada na "Science Advances" nesta sexta-feira (18) pode contribuir para que melhores marcapassos sejam feitos no futuro.

Os marcapassos são dispositivos que regulam a frequência cardíaca: quando um paciente tem uma condição em que o coração pode desacelerar, o dispositivo aumenta a frequência e impede que o órgão bata abaixo do esperado.

As células foram cultivadas em um material chamado grafeno — que converte luz em eletricidade. Segundo os autores, a tecnologia também pode ser útil em testes de drogas terapêuticas: isso porque o grafeno é feito por "teias" de átomos de carbono, material que também é à base de todos os organismos vivos.

Isso é particularmente importante porque a maior parte dos testes com drogas em laboratório hoje é feito em plástico e vidro, materiais que não conduzem eletricidade e não conseguem mimetizar as condições do organismo. Segundo os autores, muitos compostos benéficos podem ser perdidos porque seus efeitos não são facilmente aparentes na condição em que as células de teste são cultivadas – ou seja, em plástico, fora do contexto da doença.

"Não há muitas muitas superfícies agindo como plástico ou vidro no corpo humano", diz Alex Savchenko, autor do estudo e pesquisador da Universidade da Califórnia, em nota.
Pesquisadores também observaram que as células em laboratório crescem melhor no grafeno e se comportam mais como células do organismo quando estão na presença do material.
Como foi feito o experimento

Pesquisadores geraram células cardíacas a partir de células da pele doadas. Depois, cultivaram essas células em laboratório; mais especificamente, no grafeno. Como o material gera eletricidade por meio da luz, cientistas tiveram que encontrar a melhor maneira para fazer com que luz fosse controlada.

A equipe também ficou surpresa com a ausência de toxicidade da substância, o que também permitirá que o material seja utilizado em organismos vivos no futuro.

"Normalmente, se você introduzir um novo material em biologia, você espera encontrar um número de células mortas no processo", disse Savchenko. "Mas nós não vimos nada disso".

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