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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Iagro faz levantamento fitossanitário em plantas cítricas de Iguatemi

2019-03-15 23:10:00

Em Mato Grosso do Sul, como parte integrante das políticas públicas de controle de dispersão de pragas, são realizados levantamentos fitossanitários para detecção da presença de HLB (Huanglongbing ou Greening), considerada uma das doenças mais severas encontradas em plantas cítricas, como a laranja, o limão e a tangerina.

Recentemente, diante da suspeita da presença de HLB no município de Iguatemi, a  Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), por meio da Divisão de Defesa Agropecuária Vegetal, em conjunto com fiscais agropecuário da região Sul do Estado, formou uma equipe para intensificação da vigilância e fiscalização e detectar a doença e a presença do inseto vetor.

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O resultado da investigação será encaminhado ao MAPA, que trabalha em conjunto com a Iagro.

Os trabalhos, que tiveram início em 19 de fevereiro, devem se estender durante todo o semestre, com o trabalho intenso da equipe de campo que instala e recolhe armadilhas, colhendo material para posterior análise.

Segundo a fiscal estadual Agropecuária, Marina Lange Rubin, responsável pelo Núcleo de Fruticultura, caso a doença seja detectada, a equipe trabalhará ainda para delimitar a extensão das áreas afetadas e ainda na adoção de medidas de erradicação e prevenção de novos focos.

Marina explica que o HLB já havia sido detectado na região Leste do Estado em 2017, porém, graças à realização do trabalho constante da Agência, rapidamente foi identificada a causa e o foco foi erradicado. “O trabalho da Iagro envolve a fiscalização dos produtores, comerciantes e consumidores de citros. A equipe também trabalha na conscientização da necessidade de obter mudas cítricas procedentes de estabelecimentos registrados e inspecionadas pela Agência, visando a proteção da citricultura do Estado”, completa.

Todo estabelecimento que comercializa mudas de vegetais cítricos deve ser registrado na Iagro, que realiza inspeções em todos os lotes de plantas adquiridas de outros estados. Já a produção de mudas cítricas deve ser registrada no Sistema Nacional de Sementes e Mudas-Renasem junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Marina lembra que, em Mato Grosso do Sul, já é proibida a comercialização ambulante de mudas cítricas (aquela venda realizada em caminhões de mudas que ficam estacionados). Todavia, intenção da Agência é que em breve seja aprovado o decreto de Defesa Sanitária Vegetal, que proíbe a venda de qualquer muda ambulante, seguindo o modelo de outros estados, visando garantir a identidade e a idoneidade do material de multiplicação.

Segundo a fiscal, pro­du­to­res, co­mer­cian­tes e con­su­mi­do­res são constantemente orientados pela Iagro sobre os pe­ri­gos da co­mer­cia­li­za­ção, aqui­si­ção e uso de mu­das ori­un­das de co­mér­cio am­bu­lan­te. “Esses produtos não pos­su­em ori­gem com­pro­va­da e nem ga­ran­tia de iden­ti­da­de, qua­li­da­de, sa­ni­da­de e pro­du­ti­vi­da­de. Ao le­var pa­ra su­as re­si­dên­cias ou pro­pri­e­da­des quem compra pode estar levando junto pra­gas e do­en­ças que tra­rão da­nos e ris­cos de má for­ma­ção nos seus po­ma­res, flo­res­tas, hor­tas e jar­dins”, explica.

Todo o resultado da investigação em andamento é encaminhado ao Serviço de Sanidade Agropecuária, do Mapa, que trabalha em conjunto com a Iagro.

HLB – Huanglongbing

O HLB é considerado uma das doenças mais severas em citros. É causado pela bactéria Candidatus liberibacter spp. que é transmitida por enxertia de material vegetal infectado ou pelo psilídio Diaphorina citri, inseto muito frequente nos pomares nas épocas de brotação das plantas.

A produção de plantas com greening é 62% menor do que de árvores sadias e não há cura para as plantas doentes. O controle do HLB exige o plantio de mudas sadias, a eliminação das plantas doentes e o controle do inseto vetor.

No Mato Grosso do Sul, a área cultivada com citros triplicou no período de 2009 a 2019 e aproxima-se de 1500 hectares (Dados IBGE). Citricultores altamente tecnificados do interior paulista estão migrando para o Estado devido ao baixo custo de aquisição ou arrendamento de terras e das condições sanitárias satisfatórias para cultivo de citros.

 

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