2007-07-04 21:47:37
Cientistas finlandeses afirmam ter identificado uma nova proteína que, no momento, conseguiu recuperar em cobaias os neurônios mortos em virtude do Mal de Parkinson — uma síndrome degenerativa do sistema nervoso central de causa desconhecida, caracterizada por tremores rítmicos e rigidez facial. A nova molécula, denominada — chamada de "fator neurotrófico de dopamina conservada" (ou CDNF) — previne a degeneração das células que produzem a dopamina e também pode ser útil para recuperar as células já destruídas.
Segundo as observações realizadas em cobaias, a CDNF "foi pelo menos tão eficaz" como o GDNF ("fator neurotrófico de células gliais derivadas"), que até agora é a principal novidade nas pesquisas sobre uma cura eventual para o Mal de Parkinson, acrescentaram os pesquisadores.
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.
Os cientistas, chefiados por Mart Saarma, da Universidade da Finlândia, vão publicar suas descobertas na edição desta quinta-feira da revista científica britânica "Nature". O Mal de Parkinson afeta pelo menos 1% das pessoas com mais de 65 anos. A dopamina cumpre funções de neurotransmissor no sistema nervoso central tendo também função fundamental para o controle dos movimentos.
A destruição dos neurônios que produzem dopamina pode causar o Mal de Parkinson. Por isso, os tratamentos contra essa doença se centram na administração de um substituto farmacêutico da dopamina, assim como na recuperação e proteção das células que a produzem.





