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segunda-feira, 14 de julho de 2025

PF faz buscas na casa de irmão de Lula

2007-06-05 01:15:00

O mandado de busca foi expedido pela 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul. A assessoria de imprensa da Polícia Federal, em Brasília, confirmou que a busca está relacionada à Operação Xeque-Mate, deflagrada pela PF nesta segunda. Mas não esclareceu por quais razões específicas o irmão do presidente é investigado.

Os mandados de busca estão sob segredo de Justiça enquanto durarem as diligências da Operação Xeque-Mate, da PF.
A operação tem o objetivo de desmontar quadrilhas especializadas em crimes como contrabando, corrupção e tráfico de drogas, além de envolvimento em jogos de azar.

O "Jornal Nacional" conversou com o filho de Genival, Edson Inácio da Silva. Ele disse que os policiais chegaram às 6h desta segunda, informando que o mandado dizia respeito a uma investigação de caça-níqueis.

De acordo com Edson, no momento em que os agentes chegaram, estavam na casa Genival, a mulher dele e uma filha. Segundo o sobrinho de Lula, os policiais ficaram duas horas na casa e não levaram nada.

Já o delegado Alexandre Custódio, da PF em Campo Grande, afirma que foi feita apreensão, mas não informa de que tipo de material.

Edson disse ao "Jornal Nacional" acreditar que a busca tenha sido efetuada porque o pai teria conversardo ao telefone com alguém monitorado pela Polícia Federal.

 PlanaltoA assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou na noite desta segunda que o presidente Lula ainda não tinha conhecimento da busca efetuada pela PF na casa do irmão.

O presidente está na Índia, em visita oficial. De acordo com a assessoria, o presidente estava dormindo no momento em que a notícia foi divulgada -noite no Brasil e madrugada de terça-feira (5) na Índia.

 Xeque-MateA operação deflagrada nesta segunda-feira prendeu 77 pessoas, segundo a Polícia Federal. Cerca de 600 agentes cumprem 87 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão em seis estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.

Em Mato Grosso do Sul, pelo menos 24 pessoas foram detidas. Entre elas estão nove policiais civis e três oficiais da Polícia Militar. Eles são suspeitos de receber propina para não coibir as atividades dos criminosos.

Um ex-deputado também está na lista dos agentes. Ele é apontado com um dos chefes do esquema de exploração ilegal de caça-níqueis no estado. De acordo com os policiais, o suspeito movimentava aproximadamente R$ 45 mil por dia.

As investigações começaram há cerca de seis meses. Os policiais usaram informações de dois inquéritos para chegar aos nomes dos suspeitos.

O primeiro era para apurar o contrabando de componentes eletrônicos para uso em máquinas caça-níqueis.

A quadrilha era suspeita de importação ilegal de peças, exploração de jogos de azar e de corrupção de agentes públicos – principalmente policiais. O outro inquérito era sobre o possível envolvimento de policiais em tráfico de drogas.

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