2007-05-18 12:33:00
Vilson Nascimento
A notícia que a comissão da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Brasília não viria mais a Amambai nessa sexta-feira causou revolta nas lideranças indígenas que desde a semana passada buscam meios diplomáticos para manter a administração regional do órgão federal, que foi transferido de Amambai para Dourados, em Amambai.
Segundo as lideranças uma informação de Brasília no final da manhã de hoje teria comunicado que a comissão não seria mais enviada essa semana a Mato Grosso do Sul conforme havia prometido no inicio da semana, o presidente nacional da Funai Márcio Augusto Freitas de Meira ao Ministério Público Federal, mas na segunda-feira, 21, chegaria à cidade o indigenista Cláudio Romero respeitado por todas as etnias pelo trabalho realizado em prol das comunidades indígenas no Brasil.
A noticia da não vinda da comissão causou indignação nas lideranças indígenas. “Essa atitude foi classificada por nós com uma falta de respeito a nossas comunidades indígenas daqui da região. Não estamos aqui brincando, enquanto estamos aqui parados aguardando nossas aldeias estão com as atividades paradas e a população está apreensiva, sem saber o que vai acontecer”, disse um dos caciques.
Segundo as lideranças um documento relatando a indignação da população indígena da região seria remetido administração nacional da Funai em Brasília e um novo contato com o Ministério Público Federal em Dourados seria mantido, já que, segundo os líderes indígenas, o MPF também teria sido enganado, já que o oficio informando a vinda da comissão nessa sexta-feira à Amambai foi destinado diretamente do presidente da Funai Márcio Freitas ao Procurador da República em Dourados, Dr. Charles Stevan da Mota Pessoa.
Segundo as lideranças que representam 25 mil índios guarani-kaiowá e guarani-ñhadeva divididos em 22 terras indígenas de 12 municípios da região de fronteira com o Paraguai, região sul de Mato Grosso do Sul, eles vão aguardar de forma pacífica até segunda-feira.
