2007-05-07 21:41:00
A ACSPMCB/MS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul) já está preparando uma ação para ingressar na Justiça contra o governo do Estado, caso o governador André Puccinelli (PMDB) não conceda o reajuste aos servidores, conforme informações do presidente da entidade, Melo Irmão.
Ele ressalta que diversas entidades de classe devem se reunir nesta semana para providenciar um documento e marcar uma audiência coletiva com o governador na próxima semana. Os servidores, independente das declarações dada pelo governador à imprensa, a categoria vai encaminhar por escrito a reivindicação da reposição da inflação e aumento real totalizando 8%, que é de direito do trabalhador, e marcar uma audiência para tratar do assunto.
Puccinelli disse que o Estado não tem condições de conceder reajuste salarial neste ano, mas que pretende fazer assim como no primeiro ano de mandato na Prefeitura de Campo Grande, que não teve aumento no primeiro ano e depois o salário praticamente dobrou no fim. A segurança pública de Mato Grosso do Sul tem hoje 6,2 mil profissionais , entre policiais militares e bombeiros.
A declaração do governador de que não pretende conceder reajuste salarial aos 63 mil servidores estaduais neste ano pode provocar a primeira greve-geral do funcionalismo estadual na atual administração. Na semana passada, a ameaça começou a ganhar força com a mobilização dos sindicatos que representam os servidores, como a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e o Sindsad (Sindicato dos Servidores das Secretarias de Trabalho , Assistência Social e Economia Solidária, de Saúde e de Administração), que estão buscando um diálogo com o governo do Estado para só depois partir para a radicalização no caso de as negociações não avançarem.
Fetems – O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, deixou claro, após reunião com os secretários estaduais Mário Sérgio Lorenzeto (Fazenda), Thiê Igushi (Administração) e Nilene Badeca (Educação), que a categoria não aceitará ficar sem aumento salarial neste ano e exige pelo menos a reposição da inflação do período – que seria de 3,02%, conforme ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) dos últimos 12 meses.
Nos próximos dias, uma nova reunião deve ser realizada com o secretariado de André Puccinelli para discutir questões relativas à classe educacional, mas ainda não há uma data agendada. “Esta foi a primeira reunião de uma série que ainda vamos ter com o governo estadual”, informou Jaime, sem adiantar se a categoria já estaria preparando uma greve para pressionar o governo do Estado.