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domingo, 22 de junho de 2025

CRO: Vigilância autua falsos dentistas

2007-04-11 13:34:00

O Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul (CRO/MS) denunciou no mês passado mais dois práticos, por exercício ilegal da profissão de dentista. Segundo o fiscal do CRO, Elias de Moura Nascimento, um dos acusados atuava há 40 anos na cidade de Deodápolis, a 80 quilômetros de Dourados. Na casa onde funcionava o consultório, o homem atendia sem mínimas condições de higiene, exigida pela Vigilância Sanitária. No local, foram apreendidos equipamentos para a confecção de próteses e moldeiras – que são materiais de uso exclusivo de dentistas, além de motor de poletriz, ceras, entre outros.


Em Mundo Novo, outro prático protético foi autuado. Ele também exercia atividades permitidas a profissionais formados em Odontologia. O consultório funcionava numa pequena sala da casa, no centro da cidade. Durante a vistoria, o homem entregou espontaneamente ao fiscal vários equipamentos e materiais. O Conselho chegou até os dois práticos mediante denúncias anônimas. Conforme constatou o CRO, o primeiro deles chegava a fazer extrações de dentes. O procedimento era feito numa cadeira comum, embaixo de um pé de manga, onde o fiscal encontrou uma bandeja com sangue.


Os dois foram autuados pela Vigilância Sanitária e estão impedidos de voltar a trabalhar como dentista ou protético, que também exige formação. Inquéritos serão instaurados para apurar responsabilidades.Entre setembro de 2004 até o dia 29 de março de 2007, o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul já autuou 24 práticos dentistas e protéticos na região Sul. Só no município de Dourados, quatro foram tirados do mercado paralelo.


"A maioria alega que não tinha conhecimento da exigência do diploma para trabalhar. Outros admitem que sabiam, mas precisavam ganhar o sustento próprio", conta. Elias enfatiza que há riscos em procurar profissionais sem capacitação. "Eles não costumam esterilizar os equipamentos, que em geral são velhos e ultrapassados. Fervem em panelas que não asseguram a esterilização do material a ser usado na boca do paciente", alerta. A prática pode contribuir para a disseminação de doenças como hepatite, Aids, entre outras.


O CRO/MS disponibiliza um telefone para denúncias anônimas. As fontes serão preservadas, garante Elias. O telefone para contato é: (0XX67) 3421.1608 (Dourados) ou o 3321.0149 (Campo Grande).

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