2007-02-19 23:37:00
Alvo de uma comissão processante por parte da Câmara dos Vereadores de Mundo Novo, o prefeito Humberto Amaducci (PT) mantém o discurso da tranqüilidade, e garante não voltar atrás em sua decisão de manter o veto integral ao orçamento do Legislativo, caso o projeto não seja alterado e o aumento de R$ 38 mil mensais nos repasses ao poder acabe suspenso.
O Legislativo mundo-novense investiga se o prefeito incorreu em infração político-administrativa, ao vetar integralmente o orçamento da Câmara. Os vereadores solicitam repasses que equivalem a 8% da receita líquida total do município – ou R$ 1,3 milhão. O impasse está no cálculo feito pela Câmara, que pede também repasses sobre os royalties pagos pela usina de Itaipu.
Amaducci defende que a Câmara não tem direitos sobre esses recursos. Além disso, alega que o duodécimo do Legislativo em 2006 foi de R$ 70 mil mensais. Como a prefeitura alega não ter havido evolução na arrecadação que justificasse o aumento nos repasses para R$ 108 mil, o pleito dos vereadores foi negado.
O prefeito disse que, até o momento, não foi notificado para apresentar sua defesa à Câmara. Porém, disse também estar “tranqüilo” quanto ao futuro da questão. “Esse assunto vai à Justiça mesmo. É um direito deles”, afirmou, ressaltando que as punições cogitadas caso a comissão vá adiante, e que incluem seu afastamento, são apenas “uma forma de me pressionar”.