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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Jornalistas protestam contra violência bloqueando rodovias

2007-02-03 15:08:00

Jornalistas e radialistas de várias regiões do Paraguai realizam manifestação neste sábado contra violência que atinge os profissionais de comunicação. Eles farão o bloqueio no entroncamento das rodovias 3 e 5, que dão acesso aos municípios a Pedro Juan Caballero e Concepción.
O Sindicato dos Jornalistas do Paraguai – SPP -, denuncia que políticos e traficantes são os responsáveis pelo desaparecimento de vários profissionais. De 1991 até agora quatro jornalistas foram mortos e um está desaparecido há um ano.
Os profissionais de comunicação querem chamar a atenção internacional para a insegurança vivida em todo o Paraguai. Algumas regiões do país estariam dominadas por quadrilhas de traficantes, organizações que estariam contando com apoio de importantes políticos do país e de policiais. Os jornalistas cobram uma solução para o caso mais recente do radialista Enrique Galeano, que comandava um programa jornalístico na rádio Azotey, no município de Yby Yaú.
Galeano está desaparecido desde o dia 4 de fevereiro do ano passado, quando teria sido levado por dois policiais, a mando do comissário Osvaldo Nuñez, sendo entregue a pistoleiros contratados pelo traficante Luís Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, que está sendo procurado pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai – Senad. Depois disso, o radialista teria sido torturado, morto e o corpo jogado em um rio, mas até agora a polícia não tem nenhuma pista que pudesse esclarecer o crime. Desde 1991 foram assassinados os jornalistas Santiago Leguizamón, Calixto Mendoza, Salvador Medina e Samuel Roman. Todos executados por pistoleiros profissionais.
Em denúncias feitas à organização não-governamental Repórteres Sem Fronteira, o Sindicato dos Jornalistas do Paraguai, denuncia o suposto envolvimento de policiais e políticos no desaparecimento de profissionais da imprensa.
No caso de Enrique Galeano, ele teria acompanhado a apreensão de um carregamento de armas e cocaína, fato ocorrido na presença do comissário Osvaldo Nuñez e do deputado Magdaleno Silva, do Partido Colorado, que teria estreitas relações com narcotraficantes que atuam no país.

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