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terça-feira, 30 de abril de 2024

Oitenta e um jornalistas morreram no mundo em 2006

2006-12-31 20:34:00

Um total de 81 jornalistas morreu em todo o mundo em 2006, o ano mais mortífero desde 1994 (103), anunciou neste domingo, em um comunicado, os Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que precisou que outros 56 profissionais dos meios de comunicação foram seqüestrados, principalmente no Iraque e na Faixa de Gaza.
Segundo a organização para a defesa da liberdade de imprensa, os 81 jornalistas falecidos "no exercício de sua profissão ou por ter expressado suas opiniões" eram originários 21 países. Além disso, a RSF precisa que 32 colaboradores dos meios de comunicação (motoristas, intérpretes, técnicos) também perderam a vida em 2006, 27 a mais que em 2005.
Por sua parte, a Federação Internacional de Jornalistas (FIP), com sede em Bruxelas, apresentou outro balanço que contabiliza 155 mortes, assassinatos e falecimentos inexplicados. A esta cifra se soma 22 jornalistas que perderam a vida no exercício de suas funções.
Segundo a RSF, o Iraque continua sendo, pelo quarto ano consecutivo, o país mais perigoso para os profissionais do meio (64 jornalistas e colaboradores assassinados), seguido pelo México, com 9 mortos.
No que diz respeito aos seqüestros de profissionais da imprensa, que envolve uns dez países, o Iraque também continua mantendo o primeiro lugar (17), seguido pela Faixa de Gaza, onde seis jornalistas foram feitos reféns. A diferença entre ambos é que nos territórios palestinos as vítimas foram libertadas, enquanto que no Iraque foram executadas por seus captores.
Durante 2006 pelo menos 871 jornalistas foram presos (807 em 2005) e 1.472 "agredidos ou ameaçados" (1.308 em 2005), um recorde que, segundo a organização, se explica pelas inúmeras campanhas eleitorais realizadas no mundo. A censura diminuiu, com 912 casos denunciados frente aos 1.006 de 2005.
A Tailândia lidera no item depois de viver um período difícil de algumas semanas depois do golpe de Estado de setembro, que provocou o fechamento de 300 rádios comunitárias. No que diz respeito à internet, a RSF afirma que está "perfeitamente controlada em vários países" do planeta e recorda sua "lista dos treze inimigos da internet": Arábia Saudita, Belarus, Mianmar, China, Coréia do Norte, Cuba, Egito, Irã, Ubequistão, Síria, Tunísia, Turcomenistão e Vietnã.
 

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