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sábado, 12 de julho de 2025

Índice que reajusta aluguel fecha ano com inflação de 3,83%

2006-12-29 01:59:00

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou o ano de 2006 com acréscimo de 3,83%. O indicador é usado na correção de contratos, tarifas de energia e de boa parte dos aluguéis.
É o terceira menor nível da história, ficando acima somente dos percentuais registrados em 2005 e em 1998. No ano passado, o indicador marcou 1,21%, e, em 1998, 1,78%.
Em dezembro, a alta foi de 0,32%, menos da metade do avanço verificado em novembro, quando subiu 0,75%.
Muitos analistas aguardavam um incremento de 3,88% para o IGP-M em 2006, segundo o relatório de mercado elaborado pelo Banco Central (BC) junto a cem instituições financeiras.
A maior variação positiva ocorreu no componente com menor peso. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do IGP-M, subiu 5,04% em 2006. Os materiais e serviços aumentaram 4,31% e o custo com mão-de-obra elevou-se em 5,88%.
O Índice de Preços por Atacado (IPA), com peso de 60%, acumulou elevação de 4,40%. As Matérias-Primas Brutas, um dos três componentes desse indicador, registraram a elevação mais expressiva, de 10,47%, seguida pelos Bens Intermediários na produção (3,23%) e os Bens Finais (1,63%).
No ano, os preços agrícolas no atacado, avançaram 7,85% e os produtos industriais, por sua vez, apresentaram crescimento de 3,31%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M total, marcou inflação de 1,9% em 2006.
Atacado recua em dezembro
O resultado do IGP-M em dezembro, com alta de 0,32%, foi influenciado por um abrandamento no ritmo de alta dos preços no atacado.
De acordo com o mais recente relatório de mercado elaborado pelo BC, os analistas esperavam por um IGP-M da ordem de 0,35% no último mês de 2006.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) aumentou 0,29% em dezembro, frente a uma variação positiva de 1,02% em novembro. Os Bens Finais encerraram o período com decréscimo de 0,16%, invertendo o rumo registrado um mês antes, quando cresceu 0,46%. Esse movimento foi associado ao comportamento dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis, que acentuaram o passo de baixa no intervalo.
Os Bens Intermediários na produção, que marcaram 0,05% de elevação em novembro, viram agora incremento de 0,12%. O item combustíveis e lubrificantes para a produção foi o principal responsável pelo acréscimo da taxa do grupo, ao apresentar expansão de 1,04% contra recuo de 1,32% no penúltimo mês deste ano.
O índice de Matérias-Primas Brutas saiu de avanço de 3,63% em novembro para um aumento de 1,17% em dezembro, com a desaceleração de itens agropecuários como soja em grão, bovinos e arroz em casca.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ampliou-se em 0,39%, acima do 0,27% registrado em novembro. A maior influência partiu do ramo Transportes, "diante dos reajustes das principais modalidades reguladas pelo setor público, tais como: ônibus urbano (zero para 5,92%) e metrô (zero para 6,04%)", como salientou a FGV.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que subiu 0,23% no penúltimo mês de 2006, acabou dezembro com incremento de 0,30%. Os materiais avançaram 0,31%. Os serviços aumentaram 1,35% e a mão-de-obra expandiu-se em 0,11%.
A entidade avaliou que, "no primeiro grupo (serviços), o avanço se deve ao reajuste do item vale transporte, cuja taxa passou de 0,00% para 4,78%. No segundo (mão-de-obra), o acréscimo foi conseqüência do reajuste salarial na cidade de Recife, que provocou impacto superior ao da cidade de Belém, onde os salários foram corrigidos em novembro".
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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