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segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Os caças da FAB que ampliam o combate ao tráfico internacional de drogas nas fronteiras do Brasil

As aeronaves são utilizadas em rotas de Mato Grosso do Sul e Paraná, que são considerados corredores aéreos sensíveis, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB).

A Força Aérea Brasileira (FAB) tem utilizado dois modelos de caças para intensificar o combate ao tráfico internacional de drogas nas fronteiras do Brasil com outros países. Os aviões são os A-29 Super Tucano e o F-5M Tiger II, usados especificamente em missões aeroespaciais.

Conforme comunicado da própria FAB, os caças têm sido usados para ampliar o combate ao tráfico internacional de drogas nas fronteiras do Brasil, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul e do Paraná, considerados corredores aéreos sensíveis.

Devido às posições geográficas e a proximidade com várias fronteiras, Mato Grosso do Sul e o Paraná registram os maiores números de apreensões de drogas realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Neste fim de ano, as ações foram ampliadas e ocorrem em operações conjuntas com a Receita Federal. Segundo as informações da FAB, o foco principal é interceptar aeronaves que entram no país sem autorização, usando rotas aéreas ilegais.

A vigilância reforçada foca locais onde o tráfico e o contrabando costumam usar pequenos aviões para levar drogas e mercadorias ao interior do país. Nessas áreas, a FAB monitora o espaço aéreo e atua para impedir a passagem de aeronaves irregulares.

Os caças utilizados contra o tráfico

Os caças A-29 Super Tucano e F-5M Tiger II são aeronaves que a identificação e acompanhamento de voos suspeitos, garantindo que pilotos de aviões sem autorização ou com registro irregular sejam obrigados a pousar para fiscalização.

A-29 Super Tucano – é um caça de ataque leve, que tem reconhecimento armado e treinamento avançado. O caça é considerado pelo mercado como uma aeronave versátil, podendo ser utilizada em missões de ataque leve, vigilância e interceptação aérea e contrainsurgência.

  • Os pontos tecnológicos são destaque do caça, equipado com vários sensores e armas de ponta, incluindo um sistema infravermelho com designador a laser, óculos de visão noturna, comunicações de voz seguras e um pacote de link de dados;
  • Ele já foi usado em ações de segurança durante eventos como a Rio + 20, posse da então presidente Dilma Rousseff e na visita do então presidente dos EUA Barack Obama. Mais recentemente, a aeronave foi usada em operação na COP 30, em Belém;
  • A FAB possui uma frota de 60 aeronaves Super Tucano distribuídas em cinco esquadrões diferentes, com mais de 325 mil de horas de voo.
A-29 Super Tucano da FAB é usado pela Esquadrilha da Fumaça — Foto: Arte g1
A-29 Super Tucano da FAB é usado pela Esquadrilha da Fumaça — Foto: Arte g1

F-5M Tiger II – o caça é um dos mais antigos em uso pela FAB. As primeiras aeronaves passaram a fazer parte da frota nacional na década de 1970. O avião tem como maior objetivo a defesa aérea e também contribui para ataques em solo.

  • Como são antigos, os caças precisaram passar por atualização que transformou os antigos F-5 em caças de 4ª geração, com melhorias que aumentam a capacidade de combate e a precisão em missões. Entre os avanços estão: radar Doppler avançado; mísseis BVR e WVR com capacidade ofensiva em qualquer ângulo; telas multifuncionais coloridas; e capacete com display integrado para orientação do piloto.
  • O F-5 é um caça de 4ª geração, em contraste com as versões anteriores do F-5, de 3ª geração. Ele conta com aviônicos (sistema de comunicação) e operação moderna, semelhantes aos do A-29 Super Tucano, e pode ser equipado com mísseis nacionais.

Como funciona a operação

Os radares da FAB monitoram o espaço aéreo de forma contínua. Quando um voo suspeito é identificado, equipes da Força Aérea e da Receita Federal passam a atuar de forma integrada, tanto no ar quanto em solo.

Segundo a Receita, essa integração permite agir fora de aeroportos e portos oficiais, onde toda movimentação aérea é considerada irregular.

“Essa parceria com a FAB é fundamental, porque conseguimos apertar o cerco no modal aéreo. Enquanto a Receita Federal atua em portos e aeroportos alfandegados, toda movimentação procedente do exterior fora dessas áreas é irregular.”

Fonte: José Câmara/g1 MS

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