O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) abriu licitação de R$ 999.174,21 para contratar empresa para elaboração de estudos e projetos que vão definir a demolição, reconstrução e instalação de dolfins nas pontes Hélio Serejo e Porto Camargo, ambas sobre o Rio Paraná, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Paraná.
Os dolfins são estruturas de proteção instaladas ao redor dos pilares para absorver ou desviar impactos de embarcações, funcionando como um escudo que evita danos diretos às pontes.
O aviso da abertura do edital foi publicado hoje no Diário Oficial da União e já está disponível. A sessão pública foi marcada para 6 de janeiro de 2026, às 14h (MS).
O DNIT exige que todo o trabalho seja executado por uma única empresa, alegando que isso garante compatibilidade nas soluções técnicas adotadas. O valor do contrato foi dividido entre as duas obras: R$ 487.693,75 são destinados aos projetos da Ponte Hélio Serejo na BR-267/MS/SP e R$ 511.480,46 aos projetos da Ponte de Porto Camargo na BR-487/MS/PR. O prazo total de vigência será de 478 dias corridos, com execução prevista para 388 dias. A contagem começa na assinatura do contrato e na emissão da ordem de serviço.
Na justificativa anexada ao edital, a intervenção é considerada urgente. A Ponte Hélio Serejo, inaugurada em 1964, precisou de adaptações após o enchimento do reservatório da UHE (Usina Hidrelétrica de Energia) Engenheiro Sergio Motta, que reduziu o vão navegável e levou à criação de um canal para a passagem de comboios.

Em 2019, uma das defensas tombou e chegou a ficar totalmente submersa. A Marinha do Brasil acabou interditando dois vãos da ponte devido ao risco de colisões, já que outro dolfim também estava inclinado e prestes a ceder. Sem essas estruturas, um impacto direto poderia comprometer a estabilidade dos pilares e até bloquear o canal no km 120 da hidrovia.
A Ponte de Porto Camargo enfrenta situação semelhante. Mesmo com pouco tráfego de barcaças atualmente, a hidrovia é totalmente implantada e pode ter aumento repentino de movimentação. Sem dolfins, qualquer abalroamento colocaria em risco a ponte e os navegadores. O DNIT argumenta que a proteção é essencial para preservar a vida útil das estruturas e garantir segurança tanto na navegação quanto no tráfego rodoviário.
O cronograma físico prevê 151 dias para os estudos e projetos dos dolfins da Ponte de Porto Camargo e 126 dias para os da ponte Hélio Serejo.
Em junho, a estrutura da ponte Hélio Serejo passou por intervenção para restaurar e reforçar a capacidade estrutural da ponte com orçamento de R$ 9 milhões.

Fonte: Silvia Frias/Campo Grande News



