O plantio da soja em Mato Grosso do Sul alcançou 84,9% da área prevista até o dia 7 de novembro, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (11) pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho) e pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS). O percentual ultrapassa o ritmo registrado no mesmo período da safra passada e mantém o Estado no caminho para uma produção recorde de 15,2 milhões de toneladas.
A área total cultivada deve chegar a 4,79 milhões de hectares, um aumento de 6% em relação ao ciclo anterior, com produtividade média estimada em 52,8 sacas por hectare.
Clima favorece avanço das lavouras
De acordo com o boletim, o avanço do plantio foi impulsionado pelas chuvas registradas na primeira semana de novembro, que chegaram a 137 milímetros em municípios da Região Sul, conforme dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A Região Sul lidera o ritmo de semeadura, com 88,1% da área plantada, seguida pelo Centro (80,8%) e pelo Norte (78,5%). A maioria das lavouras está entre os estádios fenológicos VE e R2, o que indica bom desenvolvimento inicial das plantas.
Condições das lavouras
O relatório aponta que 94,8% das lavouras avaliadas estão em boas condições, resultado do manejo adequado e da baixa incidência de pragas. As regiões Nordeste, Oeste e Sudeste têm mais de 95% das áreas classificadas como boas, enquanto o Sul apresenta 19,8% das áreas em condição regular, reflexo das chuvas irregulares e da variação de temperatura nas últimas semanas.
Janela de plantio e atenção ao La Niña
Segundo a Aprosoja, nos últimos cinco anos, a maior parte da semeadura ocorreu entre 17 de outubro e 14 de novembro, período considerado ideal para o plantio no Estado. Essa estratégia ajuda a reduzir riscos climáticos e otimizar o uso de maquinários e insumos.
A entidade, no entanto, recomenda atenção ao escalonamento do plantio, diante da previsão de um fenômeno La Niña de intensidade fraca a moderada, que pode alterar a regularidade das chuvas entre novembro e janeiro.
Em outubro, a precipitação ficou abaixo da média em 45 dos 63 pontos monitorados, indicando déficit hídrico em partes do Bolsão e da Região Leste. Já o Sudoeste e o Extremo Sul registraram acumulados de 120 a 240 milímetros, volumes acima da média.
A previsão para os próximos meses aponta chuvas irregulares e temperaturas ligeiramente acima do normal, principalmente nas regiões Norte e Pantaneira.
Fonte: EnfoqueMS





