A produção de biodiesel no Brasil deve crescer 6,3% em 2026, alcançando 10,5 bilhões de litros com a adoção da mistura B15, segundo estimativa da consultoria StoneX. O avanço reforça a importância do óleo de soja na matriz energética nacional e destaca o papel de estados como Goiás e Paraná, que se consolidam como protagonistas na produção e destinação do grão para o biocombustível. Juntos, eles formam a base da cadeia que sustenta a transição energética e as metas de descarbonização do país.
De acordo com levantamento da EEmovel Agro, Goiás se sobressai ao registrar 4,64 milhões de hectares cultivados na safra 2024/25, com produção estimada em 20,7 milhões de toneladas de soja, conforme dados da Conab. Já o Paraná, com área ligeiramente maior (4,97 milhões de hectares), deve colher 19,9 milhões de toneladas.
“O melhoramento genético e o uso mais eficiente das áreas agricultáveis elevaram a produtividade de Goiás, que hoje supera a paranaense mesmo com menor área plantada. Esse diferencial reforça a competitividade do estado e seu papel estratégico na cadeia do biodiesel”, afirma Luiz Almeida, diretor de Agronegócio da EEmovel Agro.
O potencial do biodiesel brasileiro concentra-se principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, próximas às grandes lavouras de soja. Estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Paraná lideram o fornecimento de matéria-prima para as usinas, que utilizam predominantemente o óleo de soja no processo produtivo. No Paraná, cerca de metade da produção destinada à extração de óleo tem como destino o biodiesel, o que representa aproximadamente 2,67 milhões de toneladas.
“A eficiência produtiva precisa caminhar junto com inovação e preservação ambiental. O biodiesel é um vetor de desenvolvimento, mas seu impacto positivo só se sustenta quando a cadeia é tecnológica, integrada e comprometida com a redução efetiva das emissões”, conclui o executivo.



