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quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Prejuízos na produção em Caarapó se aproximam de R$ 100 mi

2009-06-07 21:05:00

André Nezzi

A perda estimada para o milho safrinha no município de Caarapó, devido à falta de chuvas, é superior a 65%, em uma área plantada de 48 mil hectares o que deve causar um prejuízo de aproximadamente R$ 43 milhões, segundo afirmou a JB Planejamento e Assessoria Técnica Rural.
 
Segundo a Estação Meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste, as chuvas ocorridas na primeira quinzena do mês de maio deste ano na região totalizaram 21 mm, representando apenas 19% da média histórica de 30 anos, que é de 113 mm.
 
As perdas na produção de grãos no município de Carapó este ano com a estiagem já se aproximam dos R$ 100 milhões, considerando a soja e milho safrinha.
 
No início do ano, Caarapó teve uma perda de pelo menos 60% nas lavouras de soja. “Isso representa um prejuízo de pelo menos R$ 45 milhões, considerando que temos uma área de 76 mil hectares de soja em Caarapó”, observou o agrônomo Fernando Bacher.
 
Abalados pela estiagem que provocou drástica redução na safra de verão, os agricultores apostavam na safrinha para recuperar o prejuízo e foram surpreendidos pela estiagem precoce.

Além das perdas na agricultura, os setores de produção de leite, gado de corte e os canaviais também foram severamente prejudicados pela forte seca que atinge a região.
 
Na semana passada o vereador Sérgio Sacomam (PP) encaminhou solicitação ao prefeito municipal Mateus Palma de Farias (PR) para que este decrete ou prorrogue o decreto nº 013/2009 sobre a situação de emergência em que se encontra o município de Caarapó, devido à estiagem prolongada que ocasionou perdas na safrinha de milho.

De acordo com Sacomam, a medida se faz necessária diante da grave situação enfrentada pelos produtores rurais. “Diante da necessidade dos produtores financiarem e renegociarem dívidas agrícolas, além de se prepararem para o plantio da próxima safra, é de fundamental importância que a solicitação seja atendida”, justificou o vereador.

A situação de emergência devido à seca foi decretada já uma vez pelo prefeito municipal no início deste ano, quando a estiagem provocou perdas consideráveis nas lavouras de soja.
 
A partir da homologação pelo Ministério Nacional da Integração, o decreto de situação de emergência ampara os municípios com liberação de recursos extras pelo governo federal e também na negociação do financiamento contratado pelos produtores que tiveram lavouras atingidas.
 
De acordo com especialistas a crise no campo já vem desde 2005 e resulta de uma somatória, que passa pelos sucessivos anos de problemas climáticos (de 2005 a 2007), desvalorização do dólar frente ao real, que pressionou a renda do produtor, e juros elevados. Com a crise financeira internacional, no fim de 2008, o acesso ao crédito que já estava difícil, devido ao alto índice de endividamento do produtor, ficou ainda mais restrito.

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