2006-12-21 11:59:00
Após quase três horas de discussão, os líderes partidários não chegaram a um consenso sobre o reajuste salarial. A única proposta que foi discutida e deve entrar em votação na sessão plenária desta tarde é a que prevê reajuste salarial que acompanha a inflação, aumentando os vencimentos de R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil.
A proposta anterior que previa um aumento de 90,7%, elevando o salário para R$ 24,5 mil, foi descartada pelos líderes. Por enquanto, a tendência é que maioria dos parlamentares vote contra e prefira deixar a discussão para o ano que vem. "Hoje, a única certeza que tenho é que o reajuste de 90,7% não existe mais", disse o líder do PT, Henrique Fontana (RS). "Começou a aparecer com maior intensidade a proposta de votar tudo no ano que vem", acrescentou.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse que a posição que prevalece é de só reajustar o salário no ano que vem. "A minha posição é de deixar o salário como está e cortar tudo. E o mais justo seria discutir na próxima legislatura já que um em cada dois parlamentares não estarão aqui no ano que vem".
As seguintes propostas estão sendo votadas em plenário: corte da verba indenizatória de R$ 15 mil, corte no décimo quarto e décimo quinto salário e só então entraria a proposta de reajuste. Atualmente, quatro medidas provisórias estão com prazo de tramitação vencido: sobre financiamento imobiliário; outra que abre crédito extraordinário em favor de operações de crédito; a MP dos transgênicos; e a que autoriza o Ministério da Defesa a contratar pessoal para trabalhar no controle do tráfego aéreo.