Com o encerramento do vazio sanitário em 15 de setembro, os produtores de soja de Mato Grosso do Sul devem atualizar o cadastro das áreas cultivadas junto à Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). O registro é obrigatório e deve ser feito entre 1º de setembro e 10 de janeiro, por meio do portal servicos.iagro.ms.gov.br/plantio.
O vazio sanitário tem duração de 90 dias e proíbe a presença de plantas vivas de soja em propriedades rurais, margens de rodovias e áreas públicas. A medida é determinada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, considerada a principal ameaça à cultura. A doença pode destruir até 75% de uma lavoura e se espalha rapidamente entre diferentes áreas de plantio.
Na safra passada, Mato Grosso do Sul registrou 57 ocorrências da ferrugem asiática, número superado apenas pelo Paraná, com 83 casos. Naviraí foi o município sul-mato-grossense com maior concentração de focos. Já o Mato Grosso, maior produtor do país, contabilizou apenas 16 registros.
Segundo a Iagro, o cumprimento do vazio é fundamental para reduzir a pressão da doença sobre a safra seguinte, evitando o uso excessivo de fungicidas e preservando a produtividade. Durante o período de proibição, fiscais atuaram em conjunto com o Mapa para eliminar as chamadas plantas voluntárias, conhecidas como soja guaxa. Produtores que descumpriram a norma ficaram sujeitos a multas e outras penalidades previstas em lei.
Agora, com o fim da proibição, o cadastro das áreas cultivadas se torna essencial para o monitoramento das lavouras e o planejamento das ações sanitárias em todo o Estado.
Fonte: EnfoqueMS
