Perder peso entre os 40 e 50 anos pode impactar positivamente a saúde e até aumentar a expectativa de vida. Um estudo publicado pela revista científica Jama Network Open, da Associação Médica Norte-Americana, acompanhou mais de 23 mil pessoas ao longo de 35 anos e mostrou que o emagrecimento, mesmo quando modesto, esteve relacionado à menor incidência de doenças crônicas e à redução da mortalidade por todas as causas.
Os dados comprovam que aqueles que perderam peso, mesmo sem recorrer a medicamentos ou cirurgias, apresentaram menor risco de doenças como diabetes tipo 2, infarto, AVC, asma e DPOC, em comparação com os que permaneceram com sobrepeso.
O impacto foi observado mesmo em quem perdeu, em média, 6,5% do peso corporal. Para efeito prático, isso significa que uma pessoa de 80 kg que eliminou cerca de 5,2 kg já teve ganhos substanciais para a saúde. Os autores reforçam que o mais relevante foi a manutenção desses resultados ao longo do tempo.
Estratégias baseadas na ciência que promovem o emagrecimento equilibrado
Em um cenário no qual soluções radicais e restritivas continuam sendo promovidas como alternativas viáveis para emagrecer, o estudo indica que hábitos simples podem ser mais eficientes, além de contribuir para uma vida mais saudável e duradoura.
Entre os comportamentos mais benéficos identificados pela ciência, destacam-se a ingestão adequada de fibras solúveis, a moderação no consumo de álcool, a escolha de proteínas de qualidade, o controle do açúcar, o uso consciente de probióticos e a inclusão de peixes ricos em ômega-3 na rotina alimentar.
As ações, quando atreladas a prática regular de atividade física, sono reparador e redução do estresse, ajudam a promover o equilíbrio metabólico sem privação alimentar e a entregar resultados consistentes.
5 hábitos que favorecem a perda de peso com equilíbrio
Aumentar o consumo de fibras solúveis: presentes em frutas, vegetais, cereais integrais e leguminosas, elas ampliam a sensação de saciedade, o que pode diminuir a ingestão calórica ao longo do dia. Também reduzem a absorção de gorduras e açúcares no organismo.
Priorizar proteínas de qualidade: o consumo adequado está vinculado à preservação da massa magra e ao gasto energético. Ovos, carnes magras e laticínios naturais podem fazer parte de um plano alimentar balanceado, respeitando as necessidades diárias individuais.
Controlar a ingestão de açúcares: mesmo os considerados naturais, como o mel, correspondem ao crescimento da gordura abdominal e a doenças como obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, o consumo frequente pode provocar picos de glicose no sangue.
Incluir fontes de probióticos na alimentação: certas cepas de probióticos auxiliam na regulação do metabolismo e podem elevar a redução de gordura corporal. Alimentos fermentados e iogurtes naturais são boas fontes desses microrganismos.
Consumir peixes ricos em ômega-3 semanalmente: salmão, sardinha e cavalinha, entre outros peixes gordurosos, contêm ácidos graxos essenciais que auxiliam no controle de triglicerídeos, reduzem a inflamação e protegem o coração. Eles também estão ligados à redução de gordura no fígado e no abdômen.
O papel do acompanhamento profissional para resultados satisfatórios
Embora adotar hábitos saudáveis seja indispensável, é importante lembrar que o processo de emagrecimento deve ser baseado em orientações seguras. A supervisão de profissionais qualificados permite avaliar fatores como composição corporal, estado nutricional, metabolismo e histórico clínico, além de traçar metas realistas e alcançáveis.
Buscar apoio em uma clínica de emagrecimento pode facilitar o processo, com mudanças fundamentadas na ciência e adaptadas para cada pessoa. O suporte multidisciplinar, com nutricionistas, educadores físicos e médicos, contribui para o sucesso e a manutenção dos resultados, sem recorrer a métodos invasivos ou restrições extremas.
Fonte: Divulgação