Redação
A tradição da produção artesanal de erva-mate em Mato Grosso do Sul ganhou visibilidade com a participação de Wilson José de Assis, microempresário em Amambai, em programas televisivos de grande alcance exibidos na sexta-feira (9) e segunda-feira (12). O trabalho do produtor foi apresentado como exemplo de valorização das raízes sul-mato-grossenses.
Primeiro, o Globo Repórter abordou a cultura dos chás no Brasil e destacou o processo artesanal desenvolvido por Wilson, que cultiva a erva-mate em sua propriedade no município. Depois, o Bom Dia MS mostrou uma reportagem totalmente dedicada ao seu trabalho.
Ao jornal A Gazeta, Wilson contou que a repercussão foi além do esperado, atingindo não só Mato Grosso do Sul e o Brasil, mas também o público internacional com o apoio da internet. “Para mim foi uma grande honra atuar como representante do município e também do Estado”, declarou, destacando que mais importante do que o retorno financeiro é a valorização da cultura regional e o legado deixado por gerações anteriores.
Os primeiros pés de erva-mate foram plantados por Wilson em 1997, motivado pelo sonho de criar um sistema próprio de beneficiamento no modelo barbacoá, mesmo sem ter experiência na área. Foram quase duas décadas de aprendizado ao lado de antigos reservateiros da região, até que, em 2016, fundou oficialmente a marca Tereré 18 Anos.
Todo o processo é realizado em parceria com indígenas da Aldeia Amambai, que fazem manualmente a colheita dos cerca de 13 mil pés plantados em cinco hectares de terra. De acordo com Wilson, a produção segue fiel às práticas tradicionais, fortalecendo uma identidade cultural ameaçada pela industrialização e pelo desinteresse das novas gerações.
Apesar do crescimento no alcance da marca — com clientes em cidades como Ponta Porã, Dourados, Campo Grande, Curitiba e interior de São Paulo —, a produção continua concentrada em Amambai, que absorve praticamente toda a produção.
Fonte: Grupo A Gazeta
