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domingo, 5 de outubro de 2025

Brasil termina Olimpíada na 23ª colocação

2008-08-24 11:03:00

O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, disse, em entrevista coletiva dada em Pequim, que a participação brasileira nas Olimpíadas de 2008 foi a melhor da história do país no evento. Segundo Nuzman, em diversos critérios de análise o Brasil superou as expectativas.

“Se considerarmos os critérios do COI (Comitê Olímpico Internacional), que dá pontos ao número de finais atingidas, o Brasil teve um desempenho muito bom em Pequim. Conseguimos diversos marcos, como a participação feminina, que foi extraordinária, ao contrário das últimas edições, quando nossas atletas, salvo exceções, tiveram atuações apagadas. Além disso, o Brasil esteve presente em 38 finais olímpicas e conquistou três ouros inéditos (natação, salto em distância e vôlei feminino)”.

Nuzman fez questão de ressaltar as medalhas de Natália Falavigna no taekwondo, de Ketleyn Quadros, no judô, e as finais no salto com vara e no revezamento 4x100m rasos.

“As medalhas conquistadas no taekwondo, no judô e as finais do atletismo, com o salto com vara e no revezamento 4x100m rasos, mostram que houve uma evolução no esporte brasileiro, principalmente entre as mulheres. Vejo como positivo o saldo brasileiro em Pequim”.

Brasil fica à frente de Cuba e Grécia no quadro geral- O dirigente usou comparações com outros países para avaliar o desempenho olímpico brasileiro em 2008.

“No cômputo geral, ficamos em 22º lugar contando-se as medalhas de ouro, e em 17º no total de medalhas conquistadas. Há muitas Olimpíadas o Brasil não ficava à frente de Cuba, e nesta ficou. Foi um dos mitos que caiu. Há quatro anos a Grécia ficou à frente do Brasil no quadro, e agora não ganhou nenhum ouro. A Espanha, que tem um grande desenvolvimento no esporte, ficou à frente do Brasil por um critério (medalhas de ouro) e empatou em número de medalhas (15)”.

Perguntado sobre se a razão do crescimento da China estaria diretamente relacionada aos investimentos financeiros feitos nos últimos oito anos, Nuzman preferiu atribuir as 51 medalhas de ouro do país-sede a um conjunto de fatores.

“A China e Grã-Bretanha tiveram a maior evolução nas conquistas da medalha de ouro, assim como a Jamaica, que por seus méritos, atingiu uma excelente 13ª posição. Não se consegue fazer o que a China fez em quatro, oito ou 12 anos. O sistema político e econômico chinês mudou, e o esporte foi privilegiado com todo tipo de investimentos. A China procurou dar a cada modalidade o que de melhor ela poderia dar no aspecto técnico. O número de atletas praticantes também é um fator considerável”.

Nuzman não quis analisar o desempenho de modalidades como o vôlei masculino, o futebol e o judô, que mesmo com atletas de destaque no mundo (e até campeões mundiais), não conquistaram a medalha de ouro.

“Todos os Comitês Olímpicos têm casos assim, atletas de quem se espera medalhas, e atletas de quem não se espera. Os que vivem as Olimpíadas por dentro sabem o que é isso. Cada confederação poderá explicar o desempenho de seus esportes com detalhamento. Mas cito como exemplo a própria China, cujo maior ídolo não correu os 110m com barreiras e deixou o estádio chorando. Isso vai acontecer sempre. Temos que agradecer os atletas que competiram aqui dando o seu máximo e ajudando o Brasil”.

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