2008-08-23 13:28:00
Advogados do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza vão solicitar na próxima quarta-feira atendimento psicológico à empregada doméstica Luciene Martins Calixto, que numa atitude de desespero resolver acorrentar os filhos de 14 e 16 anos, dependentes de drogas.
A solicitação será feita à Secretaria Municipal de Saúde, diante do estado emocional considerado preocupante da mãe, conta o presidente da entidade, Paulo Ângelo. “Ela só chora, está muito debilitada.”
A primeira intenção é garantir acompanhamento psicológico via SUS, mas, caso não sejam atendidos, os advogados devem solicitar atendimento na rede particular. “Com os custos pagos pelo governo do Estado”, explica Paulo Ângelo.
A entidade também tenta tratamento gratuito dos adolescentes em uma clínica particular, já que em Campo Grande apenas o Hospital Regional presta esse atendimento e com vagas limitadas.
“Vamos primeiro solicitar politicamente e se não der resultado entraremos com uma ação”, afirmou o presidente do CDDH.
Os garotos consomem drogas desde 2006. A mãe diz que resolveu impedir a saída dos garotos de casa para que eles não fossem mortos. “Um rapaz veio ameaçar meu filho de morte, cobrando uma bicicleta que ele pegou emprestada. A bicicleta foi devolvida, mas ele cobrou uma dívida de R$ 70. Eu disse que pagaria assim que recebesse o salário e ele me afirmou que até lá meu filho já estaria morto”, disse.