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domingo, 5 de outubro de 2025

Brasileiros têm aumento de renda nos últimos cinco anos

2008-08-17 04:18:00

De acordo com recorte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado  pela primeira vez pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, no Rio de Janeiro, o rendimento médio de admissão do trabalhador nos seis primeiros meses do ano passou de R$ 568,88, em 2003, para R$ 696,10, em 2008.

Este aumento decorre da elevação generalizada em todas as Unidades da Federação, com destaque para o estado do Maranhão com alta de 38,71%, seguido do Acre, com 37,08%. Em contrapartida, os estados que registraram menor elevação do salário médio na comparação dos primeiros semestres de 2003 e 2008 foram o Amazonas (12,87%), o Distrito Federal (13,10%) e São Paulo (15,67%).

A análise dos dados, tomando como referência os valores dos salários recebidos pelos trabalhadores evidencia, no primeiro semestre de 2008, um diferencial de 64% entre a média do maior salário de admissão de São Paulo (R$ 818,09) e do menor no Piauí (R$ 499,00), sendo que no primeiro semestre de 2003 esta diferença era de 85,38%, expressa pelos salários de R$ 707,27 verificados em São Paulo e de R$ 381,52 no Piauí. Comprovando que as diferenças salariais regionais estão sendo diminuídas com o crescimento generalizado da economia brasileira.

"Os números verificados principalmente no Nordeste comprovam aquilo que venho falando há mais de um ano: o aumento real do salário mínimo. Isso significa a melhor distribuição de renda que um país pode ter, porque você aumenta o poder de compra da base da pirâmide. O aquecimento da economia também é responsável por este aumento na média salarial do trabalhador brasileiro", destacou em coletiva de imprensa o ministro Carlos Lupi, hoje, no Rio de Janeiro.

Tanto homens como mulheres conquistaram expansão nos salários médios de admissão nos últimos cinco anos. Mas o crescimento entre a ala masculina segue sendo maior que a feminina: 23,91% e 19,42%, respectivamente, entre os primeiros semestres de 2003 e 2008. Essa taxa de crescimento maior levou à uma maior distância entre a participação dos salários médios de homens e mulheres. Em 2003, os salários das trabalhadoras eram 8,11% a menos que os dos homens e esta distância ampliou-se para 11,43% em 2008.

2007 x 2008 – No primeiro semestre de 2008, os salários médios de admissão dos trabalhadores apresentaram um aumento real de 3,90%, em relação ao mesmo semestre de 2007, ao passarem de R$ 669,96 para R$ 696,10. Os estados que registraram os maiores salários médios no semestre foram: São Paulo (R$ 818,09), Rio de Janeiro (R$ 792,60), Distrito Federal (R$ 762,50), Amazonas (R$ 679,77) e Santa Catarina (R$ 644,56).

O ministro Lupi também acredita que a falta de qualificação profissional em vários pontos do país pode ter contribuído para o aumento médio do salário nacional.

"O empresário, vendo que o seu negócio está indo bem, e precisa contratar mais mão-de-obra, acaba tendo que oferecer um salário melhor, porque muitas vezes falta o funcionário com a qualificação para o serviço. Por isso estamos investindo na capacitação dos nossos brasileiros. Não adianta gerar emprego sem quem possa ocupá-lo", avalia Lupi.

Na análise deste período, segundo recorte geográfico, percebe-se elevação quase generalizada entre os estados brasileiros, destacando o estado do Maranhão com o aumento de 10,29% e, em menor medida, o Espírito Santo (5,80%), Minas Gerais (5,69%) e Mato Grosso (5,64%). A exceção ficou por conta do estado de Tocantins que apresentou uma tênue redução: – 0,25%.

Ao considerar os dados das Regiões, os aumentos mais expressivos ocorreram na Região Nordeste entre os seis primeiros meses de 2007 e 2008, com o ganho real de 4,64%, seguida da Região Sudeste, com 4,20%, e da Região Centro-Oeste, com 4,16%. As menores taxas de crescimento real dos salários médios de admissão foram observadas nas Regiões Sul (2,81%) e Norte (3,76%).

Nos subsetores de atividade econômica, os maiores salários médios de admissão nesse período ocorreram nos Serviços de Instituições de Crédito e Capitalização (R$ 1.638,45), seguidos pela Extrativa Mineral (R$ 1.076,89), Indústria de Material de Transporte (R$ 1.065,92), Indústria Mecânica (R$ 1.026,25) e Indústria Química (R$ 935,04).

Grau de instrução – Os dados do Caged dos primeiros semestres de 2007 e 2008 demonstram que em termos de escolaridade houve ganhos reais para ambos os gêneros e em todas as faixas, principalmente naquelas com menor nível de instrução: 5º ano completo do ensino fundamental (6,55%), analfabetos (6,10%) e até o 5º ano incompleto do ensino fundamental (5,02%). Ao tomar como referência os dados de participação, percebe-se que nestes três níveis de escolaridade os salários do gênero feminino são mais representativos, equivalendo a 92% dos salários dos tabalhadores analfabetos, 86% daqueles até o 5º ano incompleto e 80% do 5º ano completo do ensino fundamental.

Este comportamento pode ter sido afetado positivamente pelo ganho real do salário-mínimo. Quanto maior o nível de escolaridade, maior os salários recebidos tanto pelos homens quanto pelas mulheres. No caso do nível de educação superior completa, a participação do salário feminino é de 61%, ante uma média nacional de 89%.

Ranking dos salários – Considerando os salários médios de admissão do primeiro smestre de 2008, os cinco estados que registraram os maiores salários foram: São Paulo (R$ 818,09), Rio de Janeiro (R$ 792,60), Distrito Federal (R$ 762,50), Amazonas (R$ 679,77) e Santa Catarina (R$ 644,56). As Unidades da Federação que apresentaram os menores salários médios de contratação foram: Piauí (R$ 499,00), Praíba (R$ 507,29), Rio Grande do Norte (R$ 534,44), Ceará (R$ 536,13) e Rondônia (R$ 545,15).

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