2008-08-15 05:01:00
O empresário Nilton Cézar Servo, principal alvo da Operação Xeque-Mate e acusado pela Polícia Federal de chefiar a máfia do jogo em MS, é candidato a prefeito na cidade de Nova Esperança, no Paraná. Segundo o TRE-PR, a situação do candidato é ‘apto, registro deferido’.
Preso em 5 de junho de 2007 pela Polícia Federal de Minas, após a deflagração da Operação Xeque-Mate em Mato Grosso do Sul, Nilton Servo acabou envolvendo o irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, pego em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nilton Cézar ficou preso na Penitenciária Federal de Campo Grande e foi solto dias depois.
Nilton Cézar tem um extenso currículo político. Ele já tentou disputar a Prefeitura de Campo Grande na década de 80, quando ficou conhecido pela proposta de implantação de um metrô de superfície na Capital de Mato Grosso do Sul.
Sem densidade eleitoral, trocou de estado e acabou sendo eleito deputado federal pelo Paraná e retornou a Mato Grosso do Sul para ser candidato a prefeito do paraíso ecológico Bonito, pelo PSB, no ano de 2002.
Em 2006, foi candidato a deputado estadual pelo PSB e teve a candidatura contestada por eleitor em função de problemas com a Justiça Eleitoral em Bonito. Multado, ele parcelou a dívida e teve a candidatura homologada.
À Justiça Eleitoral do Paraná, Nilton Cézar apresentou uma curiosa relação de bens – R$ 800 mil em jóias e R$ 900 mil em dinheiro vivo. Não foi declarado nenhum imóvel ou veículo.
Na época da prisão de Nilson Cézar, outros dois filhos do empresário também foram detidos. Segundo a PF, Nilton Servo seria o chefe de cinco grupos diferentes de empresários de casas de bingos, que participavam da distribuição de propinas. Na operação foram presas 79 pessoas. O irmão do presidente acabou sendo indiciado e teve sua casa revistada pela polícia.
Na época da operação, houve também grande repercussão em função da amizade de Nilton Cézar com Dario Morelli Filho, que tinha cargo na empresa de saneamento da Prefeitura de Diadema (SP) e era é compadre do presidente.
