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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Shopping China cancela investimentos na fronteira

2008-08-06 21:41:00

Atitude apontada como ‘intempestiva’ do ex-governador e senador eleito pelo Departamento (Estado) de Amambay, Robert Acevedo teve ontem um novo capítulo.

Desta vez, o empresário Felipe Cogorno, um dos diretores do Shopping China ao lado dos irmãos José Carlos e Gustavo Cogorno, concedeu entrevista a uma emissora de rádio de Pedro Juan Caballero e atacou de forma veemente os irmãos Robert e José Carlos Acevedo, acusando-os de fazer acusações infundadas e perseguição política e empresarial.

Desde a semana passada, o senador eleito Robert Acevedo vem fazendo uma série de afirmações contra os irmãos Cogorno, a quem acusa de violar as leis do Paraguai e de inviabilizar o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

Insatisfeito com tal atitude e saindo do anonimato, quando em outras oportunidades preferiu o silêncio ao invés de atacar, o empresário Felipe Cogorno concedeu entrevista à mesma emissora de rádio e dentre outras situações, anunciou o cancelamento de investimentos empresariais já projetados para serem colocados em prática, dentre as quais, a construção de um hotel resort, de um posto de combustível com a bandeira Petrobras, o terceiro do gênero e ainda de mais uma filial do Hipermercado Maxi, que seria o Maxi 3.

Um deles, o posto, já estava em fase de início das obras. No entanto, diante da atitude do senador eleito Robert Acevedo e do seu irmão José Carlos Acevedo, intendente de Pedro Juan, Felipe Cogorno e Gustavo Cogorno anunciaram como medida diante das acusações, cancelar os projetos que seriam realizados.

Conforme Felipe Cogorno, a perseguição empresarial aos negócios da família Cogorno tiveram início quando da inauguração dos postos de serviços com a bandeira Petrobras, o que gerou o destempero de Robert Acevedo. À época da inauguração do Shopping China, ele e o irmão José Carlos chegaram a participar da solenidade, parabenizando a família Cogorno pelo investimento no Shopping China, mas surpreendentemente quando do anúncio da instalação de um posto de combustível com a bandeira Petrobras, o então governador Robert Acevedo passou a destilar uma série de acusações contra a família Cogorno.

Conforme apurado e com base nas inúmeras entrevistas concedidas pelo próprio senador eleito, a instalação da bandeira Petrobras foi vista como uma ameaça aos negócios da família Acevedo, que possui aproximadamente 10 postos de combustível em Pedro Juan Caballero.

O ápice das acusações foi feita ontem, quando em entrevista o senador eleito Robert Acevedo teceu inúmeros comentários, inclusive reafirmando que o Shopping China estaria provocando o desaceleramento da economia local e prejudicando o comércio.

Felipe Cogorno resolveu então sair do anonimato e na mesma emissora de rádio falou sobre o posicionamento de Robert Acevedo. Insatisfeito, após tecer inúmeros comentários acerca das declarações do ex-governador, Felipe Cogorno anunciou o cancelamento dos projetos, reafirmando que “não poderíamos tomar outra atitude, a não ser diante desta situação, cancelar a construção do hotel resort, de mais uma filial do Maxi, que seria o Maxi 3 e também do posto de combustível com a bandeira Petrobras”, reafirmou.

Para ele, Robert Acevedo e seu irmão José Carlos somente tomaram tal posicionamento devido aos investimentos no setor de combustíveis. “Todos conhecem a bandeira Petrobras, uma marca de respeito não somente no Brasil e, portanto, quando inauguramos o segundo posto começamos a ser perseguidos incansavelmente por esse senhor, que eleito senador da República, deveria estar preocupado com garantir investimentos para toda a região fronteiriça. Ele mesmo afirma que a fronteira somente tem traficantes, contrabandistas, mas ele age de forma a não apoiar quem investe e gera empregos e renda nesta região”, pondera.

O posicionamento do empresário Felipe Cogorno despertou a atenção de toda a comunidade pedrojuanina. Tanto que a Junta Municipal convocou uma reunião extraordinária na manhã de ontem e na Junta Municipal, os consejales (vereadores) por ampla maioria de seus integrantes, manifestaram apoio ao empresário.

Robert e José Carlos Acevedo tentaram em vão dissuadir os parlamentares, tanto que o assessor Ramon Cantalluppi, braço direito dos irmãos Acevedo, foi convidado a se retirar da sala de reuniões. Um tumulto generalizado acabou tomando conta da sede da Junta Municipal (Câmara de Vereadores).

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