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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Saúde: Baixa umidade do ar exige cuidados redobrados

2008-08-02 12:41:00


Suzana Machado

Nos últimos dias, a umidade relativa do ar tem atingido índices muito baixos em Mato Grosso do Sul. No início da semana, em cidades como São Gabriel e Rio Brilhante, esse índice chegou a 15%. A capital sul-mato-grossense registrou 16%.

No sul do Estado, região onde se localiza Amambai, o índice de umidade relativa do ar é semelhante ao dos outros municípios citados.

Como conseqüência do clima seco, a incidência de doenças que atacam o sistema respiratório aumenta. “São casos de bronquite, resfriados, gripe”, acrescenta Katiane Moreira Vieira Tobias, enfermeira que atende no Posto Central de Saúde de Amambai.

Segundo Katiane, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. “As pessoas precisam tomar muita água. É aconselhável ingerir no mínimo dois litros de água por dia para manter a hidratação do corpo adequada.”

Porém, grande parte das pessoas não cultiva esse hábito e quem já tem algum problema de saúde devido à falta de umidade do ar, pode agravar a sua situação com a ausência de líquido no organismo.

Outro cuidado é com relação à alimentação. “A alimentação tem que ser o mais saudável possível”, diz Katiane.

A enfermeira também faz um alerta para aqueles que costumam realizar exercícios ao ar livre. “Com a baixa umidade, nem é muito indicado que as pessoas façam exercícios muito puxados. O ideal é fazer uma caminhada bem leve, controlando os batimentos cardíacos e sempre lembrar de reidratar o corpo.” Ainda de acordo com Katiane, o período do dia menos indicado para a realização dessas atividades físicas é no final da tarde, devido ao excesso de poeira no ar.

As crianças são as que mais sentem as conseqüências do clima seco. “Com esse tempo, tem aumentado significativamente o movimento nos postos de saúde de pessoas que precisam fazer inalação. Geralmente a inalação é feita durante cinco dias e para algumas crianças a indicação é de ser feita duas vezes ao dia.”

Mas de acordo com Katiane, somente a inalação não basta; a criança tem que seguir corretamente a ingesta hídrica (dieta de líquidos) em casa.

A higiene local também é fundamental para evitar problemas respiratórios. “O que notamos aqui é que a maioria das pessoas com essas doenças são de famílias carentes, que moram onde não tem asfalto, então ficam mais expostas à poeira. Geralmente as residências são pequenas (dois, três cômodos), onde os objetos ficam todos amontoados, sem serem bem limpos, acumulando pó.”

A previsão é de que a temperatura caia nos próximos dias. “Se não chover, teremos um frio seco, o que aumentaria ainda mais os casos relacionados a essas doenças respiratórias”, ressalta Katiane. 

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