2008-08-01 12:43:00
Após decidir pelo reconhecimento de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa com vacinação, técnicos da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) virão em novembro para o Estado, onde vão verificar in loco as ações adotadas pela Iagro para controlar rebanhos e evitar a ocorrência de focos de febre aftosa.
A informação foi dada na manhã desta sexta-feira no Aeroporto Internacional de Campo Grande pela secretária de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa. Ela acaba de chegar de Paris, onde acompanhou a reunião técnica da OIE.
Para a secretária a retomada da compra de carne bovina pelo mercado europeu a partir da decisão da OIE é uma conseqüência natural, a exemplo do que aconteceu com outros Estados recentemente.
Embora o mercado esteja eufórico com esta possibilidade devido aos bons preços pagos pelo mercado europeu, a secretária foi contida em seus comentários e ponderou que a crise econômica que afeta dos Estados Unidos já respinga no bolso dos europeus que estão consumindo menos carne. Ainda assim, ela acredita que possa haver melhora no preço da carne, por conta de Países potenciais como a Itália.
Ao todo são 163 países que se orientam pela OIE, dos quais 27 da Europa. Hoje as exportações são voltadas para o Irã, Iraque Egito e Rússia.
Em outubro está prevista a vinda de uma missão da Comunidade Européia ao País, mas ainda não foi informado se eles terão agenda em Mato Grosso do Sul.
ZAV – Tereza Cristina anunciou esta manhã que a ZAV (Zona de Alta Vigilância) hoje de 700 quilômetros na região de fronteira com o Paraguai, será ampliada. Haverá uma ZAV na região de fronteira com a Bolívia, totalizando uma área de vigilância de 1,5 mil quilômetro, somando o extremo Sul.
Tereza Cristina destacou que o foco agora é ampliar a rastreabilidade, principal exigência do mercado europeu. Segundo ela, os escritórios da região da fronteira com o Paraguai estão funcionando a todo o vapor.
Os últimos focos de febre aftosa foram confirmados em outubro de 2005 em Eldorado, Mundo Novo e Japorã. Desde então várias restrições foram impostas à carne de Mato Grosso do Sul, que no fim do ano passado recobrou o status de área livre de febre aftosa com vacinação em âmbito nacional. Somente nesta semana veio o reconhecimento internacional desta condição.