2008-07-30 13:42:00
Produtores rurais da região da Grande Dourados estimam perda de até 50% nas lavouras do milho safrinha. A colheita, iniciada em muitas propriedades, foi castigada severamente com a geada ocorrida na segunda quinzena do mês passado, como também pela estiagem de 40 dias que veio logo em seguida. Segundo especialistas, o resultado real só poderá ser verificado após a colheita. Em certas regiões, como Ponta Porã e Rio Brilhante, algumas lavouras chegaram a apresentar perda total.
Segundo o empresário e produtor rural, Sérgio Eitelwein, ainda é cedo para falar em números, embora estima que tenha perdido 50% dos 760 hectares plantados. Segundo ele, a perda oscilou de acordo com cada região e propriedade. Sócio de terras em diferentes municípios do Estado, ele conta que os maiores estragos aconteceram em Ponta Porã, Caarapó e no distrito de Itahum, em Dourados.
Já o produtor Avelino Ruaro, de Caarapó, estima perda de 30% a 50%. De acordo com o ruralista, o milho que foi plantado no início de fevereiro foi menos prejudicado, pois quando a geada atingiu o Estado o grão já estava praticamente desenvolvido. Ele diz que o plantio realizado em março sofreu severas conseqüências, principalmente com a estiagem.
Para o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (Aeagran), Bruno Tomasini, o resultado poderá ser conhecido somente no final do mês que vem. Ele explica que a perda é influênciada pelo período em que foi realizado o plantio como também pela tecnologia utilizada nas lavouras.
Além do milho, outras culturas da estação, como milheto, aveia preta e girassol, também sofreram com o clima. Porém, como a área plantada é menor, o impacto econômico nestas lavouras também será reduzido. No caso do milho, a geada provocou o ressecamento das folhas, comprometendo não só a quantidade, mas principalmente a qualidade da produção.
