2008-07-21 07:00:00
Os funcionários dos Correios deve votar, em assembléia, nesta segunda-feira, o acordo fechado entre o sindicato da categoria e o governo.
Com isso, termina a greve iniciada no dia 1º de julho. O acordo também será submetido ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para homologação. Depois de mais de sete horas de reunião, o ministro Hélio Costa e o sindicato, acertaram um adicional de 30% de risco.
A reunião foi convocada pelo presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito e teve a presença representantes da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos).
Brito havia afirmado que, caso trabalhadores e empresa não chegassem a um acordo, iria marcar a data do julgamento da ação de abusividade da greve, proposta pelos Correios.
Até sexta-feira, a paralisação contava com a adesão de 19,8 mil funcionários, de cerca de 110 mil empregados. Entre os carteiros, a adesão a greve foi maior e, segundo a empresa, 14,3 mil entregadores, entre 53 mil, pararam.
Nos 18 dias de paralisação (contados até sexta-feira), cerca de 420,6 milhões de correspondências foram postadas, mas 69% chegaram no destinatário. Entre as encomendas, 96,4%, de 10,2 milhões de pacotes, já foram entregues.
Segundo os Correios, o acordo prevê o adicional de 30% para 43 mil carteiros que trabalham na distribuição e coleta externa, retroativo a junho de 2008.
Aos demais funcionários da distribuição e aos atendentes em guichê de agência, a empresa continuará pagando o valor fixo de R$ 260. Também pelo acordo, os dias parados não serão descontados, mas compensados, mediante banco de horas e os
Correios e a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) voltarão a discutir, em agosto, na data-base da categoria, os termos do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 2008.
O crédito do vale-refeição –alimentação ou cesta– será efetuado após o encerramento da greve.