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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

MS gerou 3,5 mil empregos no mês de junho

2008-07-18 18:21:00

No mês de junho, Mato Grosso do Sul gerou 3.509 empregos com carteira assinada, número superior ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados apenas 298 empregos. Isso representa um aumento de 1.177 %, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quinta-feira (17).


O setor que alavancou a geração de emprego no Estado em junho foi o de serviços, com um total de 1.167 empregos gerados, seguido da agropecuária (1.110), comércio (754), indústria de transformação (417), extrativa mineral (48), serviços de utilidade pública (38) e administração pública (4). Na última colocação, a construção civil. O setor perdeu 29 empregos se comparado com maio.


Porém, o setor da construção civil no primeiro semestre de 2008 gerou 2.573 empregos formais.
No acumulado do semestre, Mato Grosso do Sul teve um saldo de 22.453 novos empregos.


Prognóstico
De acordo com o economista da Funsat (Fundação Social do Trabalho), Áureo Torres, o crescimento na geração de emprego no Estado já está garantido pelos próximos 5 anos, sendo Campo Grande o principal pólo de investimentos. “ Este ciclo de crescimento de médio prazo, está garantido mesmo que haja um declínio da economia Americana neste período”, afirma o especialista ressaltando que a construção civil é o pote de ouro da economia sul-mato-grossense.
Boom


No dia 11 deste mês o Midiamax trouxe uma reportagem especial sobre o boom de investimentos em Campo Grande, já são pelo menos R$ 1 bilhão.


A saturação dos grandes centros, devido a concorrência e falta de espaços para determinadas atividades econômicas,  aliada à estabilidade econômica e aumento da renda da população brasileira junto com os incentivos municipais e estaduais, que vão desde a isenção de ISS (Imposto sob Serviços de Qualquer Natureza), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) até doação de áreas e execução de terraplanagem seriam o motor propulsor do aparente crescimento, segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande, Paulo Ponzini.



Para ele, o cenário faz com que a cidade possa ter condições de oferecer mais empregos, mas tem como desafio crescer de forma planejada sem que esse boom se torne uma catástrofe social e tire um dos principais chamarizes para o investimento: a qualidade de vida.


O aspecto social, já que não existe concentração de indigentes na cidade se comparado aos grandes centros, também pesa na hora de atrair investidores. Os programas sociais dos governos conseguiram amenizar a situação crônica enfrentada pelas famílias excluídas.


Para Ponzini o fato de Mato Grosso do Sul estar perto dos maiores mercados consumidores e oferecer a melhor infra-estrutura econômica-social “encanta”os empreendedores. “Temos qualidade de vida e aqui as famílias acabam ficando”.
Quem são os investidores? Empresários de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.


"Determinadas tipos de atividades não cabem nas chamadas regiões centrais porque lá, não têm mais áreas ou elas são caras assim como a mão-de-obra. As empresas afetam o meio ambiente, cabe a gente falar o que quer e pedir que elas apresentem o projeto ambiental. Usina aqui só temos uma e temos interesse de ter apenas toda parte tecnológica, sermos centro de pesquisas”, finaliza.


(Colaboração de Jacqueline Lopes)

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