2008-06-30 11:47:00
Com 20 dias de atraso, começou a colheita do algodão em Mato Grosso. na região de Primavera do Leste, os produtores reclamam do excesso de umidade.
Para a colheita quanto mais sol melhor. O calor ajuda a secar a pluma e a não comprometer a qualidade do algodão. Por isso só com o dia claro as máquinas entram na lavoura, que este ano cresceu cerca de 2%, segundo a Conab.
O Mato Grosso deve colher pouco mais de dois milhões de toneladas de algodão em caroço, metade da produção brasileira. Mas os produtores não estão tranqüilos. A colheita está atrasada em pelo menos 20 dias. E quando a colheitadeira passa, revela outro problema.
A preocupação dos produtores agora é com os prejuízos. A má distribuição das chuvas nos meses de abril e maio interferiu no desenvolvimento da lavoura. Em uma delas, onde as perdas podem chegar a 15%, as maças que tiveram excesso de umidade apodreceram. Outras, por falta de água, não abriram no tempo certo.
“O que se espera na agricultura é que as chuvas venham de forma bem distribuída, com intervalos de sol também. A partir do momento que nós temos chuvas em dias seqüências ou fora de época, no momento de colheita, no momento em que estamos realizando alguns tratos culturais, como o controle de pragas e doenças, ela pode prejudicar bastante”, explicou o agrônomo Evaldo Takizawa.
O agricultor Octhávio Palmeira plantou 3,7 mil hectares. Ele está preocupado com os prejuízos. Ee vai colher bem menos do que previa. “A nossa meta aqui é de 260 arrobas. Agora, imaginamos que nesse começo vai variar de 220 a 230 arrobas por hectare. Porém, ainda há uma expectativa razoável, não boa, para o algodão do meio até o final a ser colhido”, avaliou.
De acordo com o último levantamento da Conab, a produção nacional de algodão em caroço deve crescer 2% nesta safra.