2017-04-22 15:00:00
Considerada uma das cinco maiores produtoras de grãos de Mato Grosso do Sul, Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai, também foi destaque em produtividade na safra de soja 2016/2017. É o que aponta levantamento divulgado pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira, dia 20 de abril.
Segundo levantamento, os agricultores do município atingiram a marca de 60,5 sacas de soja por hectare de produtividade, superando municípios considerados “grandes produtoras” como é o caso de Maracaju que, apesar de se manter no topo como uma das maiores produtoras de grãos do Estado com 903.118 toneladas, obteve uma produtividade de 58 sacas por hectare.
Em Aral Moreira, a produção foi de aproximadamente 407 mil toneladas de grãos em uma área plantada de pouco mais de 111 mil hectares.
Os produtores de Aral Moreira comemoraram o resultado. Para o engenheiro agrônomo, Paulo Junior, da empresa cultivar, esses números refletem o alto nível tecnológico dos produtores do município, aliados a boa assistência que recebem a nível de campo. "Temos que comemorar. Isso prova que estamos no caminho certo" disse ele.
Estado – Como já vinha se especulando a produção de Mato Grosso do Sul foi recorde. Ao todo, foram colhidos 8,497 milhões de toneladas de soja, superando a previsão inicial da Aprosoja/MS..
O resultado da safra atual é 11,8% maior que as 7,601 milhões de toneladas no ano passado.
No quesito produção do grão, Maracaju, mais um ano, foi destaque com 903.118 toneladas e produtividade de 58 sc/ha. Ponta Porã aparece em segundo no ranking com 669.401 toneladas e produtividade de 54,8 sc/ha. Em terceiro está Sidrolândia com 614.181 toneladas e produtividade de 52,9 sc/ha.
Para o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto, os resultados são excelentes tanto para o produtor rural, mas a situação é muito preocupante. "Os números são positivos, mas a safra é muito ruim, péssima, em termos de rentabilidade. Alcançamos a produção de um grande volume de grãos, mas essa produção custou muito, saiu muito cara ao produtor”, afirma Bortolotto.
“O agricultor está saindo de bolso vazio desta safra, e isso só vai mudar se os preços pagos pela soja melhorarem”, finaliza o presidente.
