O programa adjuvantes da Pulverização encerra 2025 consolidado como uma iniciativa técnica voltada à avaliação da funcionalidade de insumos agrícolas no Brasil. Ao longo do ano, mais de 100 produtos foram certificados, oriundos de cerca de 60 empresas atuantes no país, que submeteram adjuvantes agrícolas a análises em laboratório especializado localizado em Jundiaí, no interior paulista.

Entre os avanços registrados em 2025 está o compartilhamento, com as empresas participantes, de tabelas próprias de interpretação dos resultados laboratoriais, desenvolvidas a partir de um banco de dados exclusivo do projeto. O programa também passou a utilizar parâmetros específicos para adjuvantes, associados a propriedades como tensão superficial, espalhamento e deriva, o que permitiu a evolução do sistema de classificação dos produtos avaliados.

Desenvolvido há mais de vinte anos pelo Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, com recursos privados, o programa atua em um segmento que não exige registro oficial obrigatório no Brasil. Nesse contexto, o selo de funcionalidade se estabelece como uma referência técnica para o mercado, contribuindo para reduzir riscos ao agricultor e integrando um processo mais amplo voltado à construção de bases para um futuro sistema unificado de certificação de adjuvantes agrícolas.

“Essa brecha regulatória implica riscos ao agricultor em relação à qualidade dos adjuvantes que adquire, daí a relevância, para os fabricantes dos insumos, quanto a contar com um selo de funcionalidade do IAC, na prática uma chancela de confiabilidade. O Selo de Funcionalidade é também parte importante de um processo que visa a estabelecer normas que ancorem um sistema oficial de certificação, unificado, para tais produtos”, finaliza o pesquisador Hamilton Ramos, idealizador e coordenador do programa, além de diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC).