Eleonor Aparecida Ferreira dos Santos, nome de batismo da cantora Betinha, da dupla Beth & Betinha, morreu na quarta-feira (17) em Campo Grande, aos 84 anos. Ela estava internada há 6 dias em estado grave no Hospital Universitário (HU) e precisava de doações de sangue.
O velório acontece a partir das 8h na Capela Jardim das Palmeiras, na Avenida Tamandaré. A cerimônia de cremação ocorrera às 16h no Crematório de Campo Grande.
Segundo o músico Marcio Santos, sobrinho da cantora, Betinha foi hospitalizada com um quadro de anemia isquêmica e estava submetida à hemodiálise, dependendo de medicações para manter a pressão e o coração, segundo um dos boletins médico.
Com mais de 60 anos dedicados à música, Betinha marcou gerações e ajudou a construir a identidade cultural sul-mato-grossense (antigo Mato Grosso).
Ao lado da irmã Beth, formou uma dupla que ganhou destaque em um período em que mulheres tinham pouco espaço na cena musical, abrindo caminhos e dando voz a histórias, resistências e tradições do estado.
Elas afirmavam ser a primeira dupla musical feminina de Mato Grosso do Sul, já tendo vencido festivais de música no estado e também no Paraguai. De Rio Brilhante, a dupla ganhou o título de “Princesinhas da Fronteira” depois de vencer um concurso de composição em castelhano e guarani, promovido por uma rádio de Assunção.
Elas estrearam como Beth & Betinha em 16 de junho de 1956, no Clube Amambay, em Pedro Juan Caballero. Em 1958, vieram para Campo Grande, onde deram continuidade a um extensa e saudosa carreira, com direito a temporada de apresentações em circo.

Fonte: g1 MS e TV Morena




