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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Qualificação vira eixo estratégico da suinocultura em indicação de Renato Câmara

O salto sanitário que reposicionou o Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação, oficializado em 2025, abriu uma janela concreta de oportunidades para a suinocultura de Mato Grosso do Sul. Mas também escancarou um desafio estrutural: não há expansão sustentável sem mão de obra qualificada. É nesse ponto que se ancora a indicação apresentada pelo deputado estadual Renato Câmara (MDB), vice-presidente da Assembleia Legislativa e coordenador da Frente Parlamentar de Desenvolvimento da Suinocultura. 

Protocolada nesta terça-feira (16), a indicação solicita ao Governo do Estado apoio institucional, técnico e orçamentário para a criação, implantação e fortalecimento de cursos técnicos e ações de capacitação voltados à suinocultura, com foco na região Norte de Mato Grosso do Sul. O pedido é direcionado ao governador Eduardo Riedel, às secretarias estaduais envolvidas e à Iagro, e atende a uma demanda formal da Suinorte, entidade que representa produtores da região.

A lógica da proposta é direta. A suinocultura sul-mato-grossense deixou de ser apenas uma atividade agropecuária tradicional e passou a operar sob padrões industriais, com exigências rigorosas em manejo, biosseguridade, nutrição, reprodução, bem-estar animal e gestão da produção. 

A indicação apresentada por Renato Câmara não se restringe à abertura de vagas. Ela propõe também adequações físicas nas estruturas de ensino, para garantir aulas práticas compatíveis com as exigências sanitárias e ambientais atuais, algo decisivo em um cenário de mercados cada vez mais criteriosos.

Os dados ajudam a entender o momento. Em novembro, Mato Grosso do Sul exportou 1,84 mil toneladas de carne suína in natura, com receita de US$ 4,49 milhões. No acumulado de janeiro a novembro, foram 20,7 mil toneladas embarcadas e US$ 49,2 milhões em vendas, crescimento de 11,76% na comparação anual. No mesmo mês, os frigoríficos do Estado registraram o abate de 311,1 mil suínos, alta de 4,96% frente a novembro do ano anterior. Os números confirmam que o setor cresce, mas exigem base técnica sólida para se manter competitivo.

O novo status sanitário coloca Mato Grosso do Sul em condição de negociar com mercados de alto valor agregado, como países asiáticos que pagam mais, mas cobram excelência absoluta em sanidade e gestão. Nesse contexto, a qualificação da mão de obra deixa de ser política acessória e passa a ser infraestrutura estratégica. 

Ao defender a ampliação e o fortalecimento dos cursos técnicos em suinocultura, Renato Câmara conecta sanidade, mercado e formação profissional, transformando um dado positivo — o reconhecimento internacional — em política pública concreta para gerar emprego, renda e desenvolvimento regional. O deputado se destaca como o parlamentar que mais trabalha pela suinoculltura do Mato Grosso do Sul. 

Fonte: Débora Louise /ALMS

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