Repensar o consumo, desenvolver a manualidade, trabalhar a criatividade, adquirir hobbies e ainda por cima ajudar o meio ambiente. Todas essas qualidades estão sendo adotadas pelas novas gerações ao redescobrir o “do it yourself”. O movimento do “faça você mesmo” tem crescido, mesmo em meio ao consumismo dos dias atuais.
A ascensão do movimento “faça você mesmo”
O “faça você mesmo”, ou “do it yourself”, frequentemente abreviado para DIY, é um movimento que tem ganhado força, principalmente entre os mais jovens. Nascidos em uma cultura de consumo exacerbado, procuram quebrar este ciclo ao privilegiar o consumo consciente, principalmente daquilo feito à mão.
Além disso, o DIY preconiza a prática de usar as próprias mãos para a construção e a reforma de objetos, máquinas e móveis, além de consertos na casa. Esses pequenos reparos feitos sem ajuda profissional têm o objetivo de desenvolver o aprendizado de habilidades, mas também de economizar com mão de obra.
A prática também traz satisfação pessoal. Seja através do artesanato ou do reparo de algo, concluir uma tarefa ou peça com as próprias mãos é recompensador. Uma demonstração de que o movimento tem crescido, principalmente entre os mais jovens, é o fato de a geração Z ser a que mais tem consumido máquinas de costura.
Pesquisa da Singer, uma das maiores fabricantes de máquinas de costura, mostrou que a compra de máquinas entre os jovens saltou de 43% para 52% em apenas dois anos. Personalização de peças e consumo consciente, através da reforma de roupas, estão entre as principais motivações. Já entre os millenials, o salto foi de 61% para 65% no mesmo período.
O DIY beneficia diferentes áreas criativas
Segundo a pesquisa, 6 em cada 10 consumidores encontram na costura uma fonte de renda, seja fazendo pequenos consertos ou customizações. Projetos DIY, como os de costura, encontram força na internet, sendo as redes sociais o principal meio para divulgação dos trabalhos, resultando em uma movimentação da economia, por meio da venda dos produtos.
Além da moda, outros segmentos se beneficiam dos projetos DIY, como, por exemplo, na área de decoração, por meio de reformas e reparos domésticos. Fabricar e reparar móveis, pintar paredes com texturas diferenciadas ou até mesmo criar objetos de decoração conferem personalidade e originalidade ao lar, principalmente quando feitos de maneira autônoma.
Impacto do DIY no mercado de serviços e em equipamentos
Com o tempo, as habilidades desenvolvidas podem virar também uma fonte de renda. Contudo, projetos mais elaborados podem demandar investimento, como em ferramentas e cursos, por exemplo. Uma maneira interessante de começar sem precisar investir muito é optando pelo aluguel de ferramentas elétricas.
A chamada economia criativa, ou economia maker, tem potencial para criar 1 milhão de novos empregos até 2030, segundo previsões da Confederação Nacional da Indústria. Isso corresponde a cerca de 3% do PIB nacional. Nessa esteira, tanto o mercado de serviços como o de aluguel de ferramentas tende a aumentar.
Um estudo feito pela joint venture formada por Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre aponta que 75% dos entrevistados pretendem realizar alguma reforma nos próximos 24 meses. Tamanha demanda abre espaço para os prestadores que aprenderam com o DIY a desenvolver suas habilidades e, assim, colocá-las em prática e ganhar com isso.
Fonte: Divulgação



