O primeiro foco de ferrugem asiática desta safra foi registrado em Mato Grosso do Sul na última semana, de acordo com o monitoramento do Consórcio Antiferrugem, mantido pela Embrapa e parceiros. A lavoura comercial, localizada no município de Sete Quedas, na Região Sudoeste, está no estádio fenológico R5, marcado pelo início do enchimento dos grãos, e foi plantada na segunda quinzena de setembro. A confirmação da doença foi realizada pela Fundação MS.
“Condições climáticas como calor excessivo e alta umidade favorecem o aumento da população infestante e intensificam a disseminação de esporos fúngicos, que ocorre principalmente pelo vento, contribuindo para o surgimento de novos focos”, explicou o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
A ferrugem asiática, provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, se instala nas plantas de soja formando pequenas lesões que, inicialmente, apresentam tonalidade marrom-avermelhada na face inferior das folhas. Com o avanço da infecção, essas estruturas evoluem para pontos escurecidos distribuídos por toda a superfície foliar, provocando redução da área fotossinteticamente ativa, necrose e desfolha antecipada. Em casos severos, a doença pode comprometer até 90% da produção, se não controlada, tornando a ferrugem uma das ameaças mais agressivas à cultura.
O controle da ferrugem asiática exige manejo integrado e permanente, que inclui o cumprimento do vazio sanitário, a rotação de culturas, a semeadura dentro da janela indicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a adoção de cultivares resistentes, o monitoramento constante das áreas e a intervenção assertiva com fungicidas específicos, quando necessário.
No cenário nacional deste ano, foram confirmados oito focos da doença, dos quais seis no Paraná e um em São Paulo, além da ocorrência em Mato Grosso do Sul. Na safra 2024/2025, Mato Grosso do Sul contabilizou 12 ocorrências e ocupou a terceira posição entre os estados com maior número de notificações, atrás apenas do Paraná e do Rio Grande do Sul, que registraram 66 e 25 casos, respectivamente. Ao todo, o Brasil somou 124 ocorrências.
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Fonte: Joélen Cavinatto (Assessoria de Comunicação Aprosoja/MS)




