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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Pragas e plantas invasoras encontram condições ideais para se multiplicar

No período de chuvas que começa com a primavera em boa parte do país, o verde volta a dominar a paisagem do campo. Mas junto com o alívio dos pecuaristas, que veem as pastagens se recuperando depois de meses de seca, vem um alerta: é nesta época que pragas e plantas invasoras encontram condições ideais para se multiplicar e comprometer a produtividade das áreas de forragem.

Entre os principais desafios deste período estão o capim-navalha (Paspalum virgatum) e a cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta). “É um momento importante de virada para o pasto. As condições climáticas são extremamente favoráveis para o produtor, mas também criam o ambiente perfeito para o avanço de visitantes indesejados. Por isso, o manejo deve ser feito no início das infestações, seja na ocorrência das primeiras ninfas ou quando o pecuarista observar o desenvolvimento inicial das plantas invasoras”, explica a pesquisadora de Desenvolvimento de Produto e Mercado da BASF Soluções para Agricultura, Isadora Cristófoli Pereira.

Esses inimigos silenciosos, embora muitas vezes subestimados, podem comprometer seriamente o rendimento das pastagens se não forem controlados a tempo. “O capim-navalha e a cigarrinha-das-pastagens afetam a qualidade dos pastos e impactam diretamente o desempenho animal, provocando uma queda na produtividade e rentabilidade das fazendas”, alerta a pesquisadora.

Cortando o mal pela raiz

O capim-navalha é uma gramínea invasora muito comum em áreas úmidas. Seu nome vem das folhas longas e cortantes, que dificultam o pastejo e reduzem a palatabilidade da área. Se desenvolve intensamente, tornando-se uma planta daninha agressiva que infesta pastagens e compete por espaço, nutrientes e água com as forrageiras, plantas que servem como alimento para gado, e, como consequência, reduz a capacidade de suporte da pastagem.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) classifica a espécie como uma das mais problemáticas do país, especialmente em regiões de solo úmido, como o Centro-Oeste, Norte e o Sudeste, além da Amazônia. Em infestações severas, o manejo se torna ineficiente e o produtor é obrigado a reformar a área, com manejo químico, rotação e plantio de forrageira.

Ele possui um sistema radicular denso e rizomas resistentes, o que lhe permite rebrotar mesmo após períodos de seca. Além disso, sua semelhança com as forrageiras dificulta o uso de herbicidas não seletivos, exigindo soluções de atuação específicas, como o Vaboro®, herbicida seletivo eficaz contra o capim-navalha.

O produto, que conta com registro para uso aéreo, é ideal para o planejamento do pasto, pois ajuda a eliminar a competição indesejada, melhorando a disponibilidade e a qualidade da matéria verde para forrageio. “Ele tem ação direcionada e apresenta alta eficácia, permitindo controlar o capim navalha em área total”, diz o gerente.

Um inseto pequeno, grandes prejuízos

Já a cigarrinha-das-pastagens é considerada uma das principais pragas da pecuária brasileira. A umidade do período ativa a eclosão dos ovos em dormência, levando a uma infestação significativa. Estudos da Embrapa apontam que, no Brasil, os prejuízos causados por elas podem chegar a US$ 800 milhões anuais apenas na região do Cerrado, onde a braquiária (espécie para pasto) ocupa uma área de 15 milhões de hectares.

O inseto é prejudicial em todo seu ciclo de vida. As ninfas, que ficam protegidas sob uma espuma na base do capim, sugam a seiva das plantas, provocando amarelamento, secamento e até morte das folhas. Esse fato reduz a eficácia de aplicações superficiais e favorece reinfestações sucessivas. Já na fase adulta, atacam as folhas, liberando toxinas que afetam a forrageira, reduzindo sua produção e qualidade.

O inseticida Nepaxir® é a opção mais eficiente para combater esses insetos, tanto nas fases de ninfa, quanto adulta. Ele possui um duplo mecanismo, combinando ação sistêmica e de contato, o que aumenta a eficiência do controle tanto nos adultos quanto para as ninfas.

Sua aplicação é flexível e pode ser realizada por meio de pulverização terrestre ou aérea. Além disso, o produto permite uma reentrada mais rápida dos animais no pasto. De acordo com Zanquettim, essa abordagem preserva a produtividade e a qualidade do pasto, trazendo controle rápido e eficaz dessa praga.

A cigarrinha-da-pastagem é considerada uma das principais pragas da pecuária brasileira 

O momento certo de agir

O manejo antecipado é fundamental para evitar prejuízos e o momento certo para agir é no início do período de chuvas. “É quando as pragas estão em estágios iniciais de desenvolvimento e mais suscetíveis ao controle”, afirma o Gerente Sênior de Negócios da BASF Soluções para Agricultura, Ricardo Zanquettim.

Ele ressalta que as soluções da BASF para controle dessas ameaças são fundamentais para apoiar o pecuarista nesse desafio. “O uso correto neste momento ajuda na recuperação rápida do pasto e o equilíbrio do sistema”, explica Zanquettim.

Um pasto bem manejado é a base de uma pecuária produtiva e sustentável. “O que se faz agora, no início das chuvas, vai refletir diretamente na engorda dos animais e na rentabilidade da fazenda nos próximos meses”, conclui o executivo.

A entrega de inovações específicas, como o Vaboro® e o Nepaxir®, é resultado de uma visão abrangente da BASF Soluções para a Agricultura, que tem na pesquisa e desenvolvimento (P&D), um dos seus principais aliados para auxiliar produtores de todo mundo em seus desafios diários. A companhia investe globalmente cerca de € 915 milhões por ano em P&D para toda a Divisão, garantindo o desenvolvimento de um portfólio completo que inclui proteção de cultivos, sementes e ferramentas digitais. É dessa fonte constante de inovação e tecnologia que a pecuária se beneficia, assegurando que o produtor tenha acesso às melhores e mais recentes soluções para um pasto produtivo e uma maior rentabilidade da fazenda.

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